A Operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada em 7 de outubro de 2023, “estabeleceu uma nova fase não só em Gaza e na Palestina, mas a nível global”, pois provou de que “a justiça só afirmou garantida através da força”, disse o porta-voz militar das Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, em discurso no dia 8 de março.
Durante a fala, Abu Obeida foi bastante enfático na incapacidade dos órgãos internacionais.
“Esta guerra selvagem contra o nosso povo entra no seu sexto mês, com o inimigo criminoso a persistir na perpetração de um verdadeiro holocausto nazista contra o nosso povo – envolvendo matanças, fome, intensificação da opressão, destruição e desdém por todas as leis internacionais e sistemas débeis que permanecem impotentes contra a entidade ocupante, que está despojada de quaisquer valores humanos”, disse.
O discurso de Abu Obeida destacou a futilidade da diplomacia e dos caminhos legais através do direito internacional ou das decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas para alcançar um cessar-fogo e os direitos do povo palestino.
Ao se opor a essa política, o porta-voz clamou pela expansão da mobilização no mês do Ramadã, na Cisjordânia, nos 48 territórios ocupados, no Líbano, no Iêmen, no Iraque e em outras nações islâmicas e árabes para acabar com o genocídio contra o povo palestino.
“A comunidade internacional e as suas leis frágeis foram concebidas para proteger a injustiça, a opressão e a agressão [conduzidas] pela tirania do poder implacável, liderado pela administração americana. O nosso povo e a Resistência compreenderam esta equação desde o início. Daí a Resistência e a Resistência do nosso povo. A revolução em curso culminou no épico 7 de Outubro, respondendo à agressão contínua que se estende por décadas, atingindo o seu auge nas tentativas de judaizar a Mesquita de al-Aqsa e derrotar e provocar os sentimentos de todos os muçulmanos”, destacou o porta-voz.
Abu Obeida, então, voltou a comprar “Israel” com a Alemanha Nazista – comparação que rendeu a Lula o título de persona non grata da entidade sionista de ocupação.
“A arrogância sionista aumentou com a ascensão do governo mais extremista e semelhante ao nazismo da entidade. Antes de 7 de Outubro, estava [se preparando] para o que [está sendo praticado] hoje em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém, aterrado num alegado legado da Torá apelando abertamente à queima, matança e destruição de outras nações”, explicou o porta-voz.
Abu Obeida também denunciou os “colonos”, verdadeiras milícias fascistas que atuam para expulsar os palestinos de suas terras por meio do terror.
“Fortalecidos por gangues de colonos sionistas, eles começaram a sua odiosa guerra religiosa contra as nossas terras, pessoas e locais sagrados”, disse ele.
“[A comunidade internacional] adere à lei da selva, onde o chamado Conselho de Segurança se reúne… obstruindo qualquer tentativa, mesmo formal, de apoiar os oprimidos e dissuadir os agressores”, destacou.
Outro ponto muito importante de seu discurso foi quando Obeida destacou as derrotas militares de “Israel”. Disse ele:
“Temos lutado durante décadas e agora, no centésimo quinquagésimo quarto dia da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, continuamos a [produzir] imensas perdas infligidas ao inimigo desesperado, ao seu exército criminoso e aos mercenários, tanto em termos de oficiais, soldados e seus veículos [blindados]”.




