Durante a campanha da Palestina, o Partido da Causa Operária mostrou sua grandiosidade e seu compromisso político com os povos oprimidos de todo o mundo. Comparando com outros momentos, desta vez a capacidade do Partido atingiu um novo patamar.
Desde que ingressei no Partido, na época da campanha pela liberdade de Lula e pelo “fora Bolsonaro”, pude acompanhar o papel de vanguarda que exercemos dentro da esquerda brasileira, apontando a direção política correta e realizando um trabalho real de mobilização dos trabalhadores e da militância.
No entanto, conforme a situação política se agrava, o papel de destaque do Partido é ainda mais decisivo. Logo após a ação heroica do 7 de outubro, já era claro para a nossa militância que a questão palestina se tornaria central no cenário político e que deveríamos dedicar todos os nossos esforços à causa. Não só por uma questão de solidariedade, mas porque já se colocava em perspectiva a maior crise que o Estado de “Israel” já enfrentou.
Por conta disso, fez-se necessário colocar uma política clara sobre a crise na Palestina: o Hamas é a resistência que lidera a luta do povo palestino, é o partido que representa a verdadeira luta de libertação nacional.
Apesar de toda a defensiva da esquerda, fruto da pressão absurda e da campanha criminosa da burguesia mundial e dos sionistas, firmamos a necessidade de defender o Hamas, sem colocar condições. Não retrocedemos um milímetro sequer de nossa posição.
Após a viagem do companheiro Rui Costa Pimenta ao Catar, não só ficou clara a necessidade de defender o Hamas, como colocou em perspectiva que esse seria um fator decisivo na luta política.
Agora, até mesmo a Folha de S. Paulo noticia o impacto de nossa política. Em matéria intitulada “PCO projeta salto no número de filiados por apoio ao Hamas”, a imprensa golpista repercute nossa viagem para a reunião com lideranças do Hamas, apontando para o crescimento do Partido e também dando uma visibilidade diferente para o grupo de resistência. A partir de agora, trabalharemos para mostrar a versão do Hamas sobre os acontecimentos do 7 de outubro, desmascarando toda a barbaridade noticiada pela imprensa imperialista, inimiga dos povos oprimidos do mundo.
Até o momento, ainda há um setor da esquerda brasileira que evita falar do Hamas. Esses serão engolidos pela situação política ou terão que defender o Hamas a contragosto.
Lembro de uma conversa que tive com uma liderança muçulmana, onde discutíamos o problema de a esquerda não apoiar o Hamas. Na ocasião, o companheiro muçulmano, estranhando a posição da esquerda, comentou: “mas eles são palestinos”, se referindo ao Hamas, deixando claro que não era possível separar a luta do Hamas da luta dos palestinos, algo que é claro para qualquer árabe.
É justamente por isso que estamos sendo reconhecidos como o partido da luta dos palestinos no Brasil. É algo que ficou evidente também nas manifestações, onde boa parte da esquerda procurou sabotar as atividades de rua, tentando tomar os atos para seus próprios interesses.
Nossa tarefa será de impulsionar cada vez mais a defesa real dos palestinos, a defesa do Hamas e dos demais grupos de resistência armada que lutam na Faixa de Gaza.