Cisjordânia

Povo palestino realiza ofensiva relâmpago contra sionistas

Combatentes da Resistência atacaram todos os postos de controle militar que cercam a cidade de Nablus, realizando dez ações militares em toda Cisjordânia em apenas duas horas

Segundo o sítio de notícias israelense Ynet (“7 soldiers wounded in West Bank bomb attack, IDF says”, Elisha Ben Kimon, 8/3/2024), uma explosão no campo de refugiados de Homesh, no norte da Cisjordânia, deixou sete militares sionistas feridos. Conforme o órgão sionista, guerrilheiros palestinos abriram fogo contra um grupo de soldados israelenses, atingindo as forças de ocupação com dispositivos explosivos improvisados. Um helicóptero foi usado para transferir os sionistas para um hospital.

‘Durante uma operação das Forças de Defesa de Israel (FDI)’”, escreveu o sítio na supracitada matéria, “‘perto da vila de Silat al-Dahr, três soldados das FDI ficaram moderadamente feridos como resultado da detonação de um dispositivo explosivo na área’, afirmou o exército. Além disso, outros quatro soldados sofreram ferimentos leves, e as forças continuam a busca pelos terroristas.

O braço armado da Jiade Islâmica, as Brigadas Al-Quds – Batalhão Jenin, assumiu a autoria da operação, como parte da campanha pela libertação da Palestina e expulsão dos invasores sionistas. A ofensiva se dá no meio da nova fase da luta palestina batizada “Dilúvio do Ramadã”, levante dos povos árabes programado para ocorrer durante o mês do Ramadã, sagrado para os muçulmanos. A operação tem como propósito ser uma demonstração de solidariedade aos palestinos, em especial na Faixa de Gaza, onde o cerco de “Israel” é especialmente criminoso. O ataque liderado pelas Brigadas Al-Quds – Batalhão Jenin foi recebido com entusiasmo pelos demais militantes palestinos.

O principal partido palestino, Movimento de Resistência Islâmica – Hamas, emitiu comunicado elogiando a “heroica operação Homesh”. A direção do Hamas afirmou ainda que o evento é uma “resposta natural aos massacres israelenses em Gaza e na Cisjordânia”, bem como às ameaças sionistas contra a Mesquita de Al-Aqsa. “Apelamos a todas as pessoas livres e heróis de nossa nação para continuarem nesse caminho de vingança em resposta aos crimes da ocupação“, concluiu a nota do partido revolucionário.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) comentou a ofensiva anunciando que a Resistência Palestina planeja “mais operações que surpreenderão o inimigo”. Em nota, o partido disse que a operação era “esperada”, destacando o direito do povo palestino de resistir à ocupação. A FPLP também destacou que a operação “Homesh”, na Cisjordânia, ocorre em resposta à barbárie israelense contra a população civil na Faixa de Gaza, que já dura mais de 150 dias, matou mais de 30 mil pessoas desarmadas e provoca uma crise de fome no território.

Esta operação de alto nível e bem planejada foi estudada e preparada, frustrando as apostas do Ministro de Segurança de Israel, Yoav Gallant, que buscava reduzir [a situação] na Cisjordânia“, declarou o partido em nota, acrescentando ainda que “a operação enviou uma mensagem à ocupação e aos colonos, declarando que os locais e assentamentos israelenses permanecerão alvos legítimos para os ataques da Resistência até que o último soldado israelense seja derrotado nos territórios ocupados, e confirmou a unidade da Resistência em todas as frentes de luta“, concluiu a FPLP.

Segundo a seção em inglês da emissora libanesa Al Mayadeen, os combatentes abriram fogo contra um posto de controle israelense em Sura, sudoeste de Nablus, na Cisjordânia, e entraram em confronto contra as forças de ocupação sionista no posto de controle de Salem, oeste de Jenin, também no território palestino ocupado.

Ainda de acordo com a Al Mayadeen, “fontes palestinas confirmaram que combatentes da Resistência atacaram todos os postos de controle militar que cercam a cidade de Nablus em menos de uma hora” (“Palestinian Resistance conducts simultaneous shooting ops in West Bank”, 8/3/2024). “Fontes locais”, continua o órgão, “confirmaram que foram realizadas 10 operações contra locais militares e postos de controle da ocupação israelense em toda a Cisjordânia em duas horas.”

Na avaliação da mesma matéria da Al Mayadeen,as operações realizadas pela Resistência Palestina na Cisjordânia ocorrem em meio às crescentes preocupações israelenses sobre uma possível escalada durante o mês do Ramadã”, acrescentando, que “o Ministro da Segurança de Israel, Yoav Gallant, alertou sobre a possibilidade de tumultos na Cisjordânia” em decorrência dos chamados para o “Dilúvio do Ramadã”. O sionista Ynet confirma a preocupação de “Israel” com a contra-ofensiva palestina:

Este é o segundo ataque em dois dias, seguindo um incidente de tiroteio semelhante no mesmo local. A Autoridade Palestina visa transformar o norte da Samaria em uma nova região sul do Líbano. Todo o governo e o alto comando das Forças de Defesa de Israel devem reverter essa situação“, disse o presidente do Conselho Regional de Samaria [nome usado pelos sionistas para designar a Cisjordânia], Yossi Dagan. “Se medidas decisivas não forem tomadas”, continuou, “a situação pode se deteriorar – não apenas no norte da Samaria, mas por todo o centro de Israel, a planície costeira e a área de Sharon. Se a situação aqui se assemelhar à Faixa de Gaza, poderá desencadear uma onda de terror mortal em todo o país.” Sem dúvidas.

Atualmente, as forças de ocupação sionistas já enfrentam uma grave crise política com a tenacidade da resistência palestina na Faixa de Gaza, tornando-se nítido a incapacidade do sionismo de invadir Gaza por terra, obrigando “Israel” a adotar os ataques aéreos para punir os movimentos armados e assim, tentar enfraquecer a moral do povo árabe. Tem, no entanto, falhado miseravelmente. A emergência de uma rebelião revolucionária também na Cisjordânia, similar à observada em Gaza, poderia acelerar a crise geral na região e acelerar o fim do Estado israelense, e a libertação da Palestina, a esta altura, um processo já em franco desenvolvimento.

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