Após a imprensa do Partido da Causa Operária (PCO) publicar uma declaração de Basem Naim, chefe de relações políticas e internacionais do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), em que agradece ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua denúncia do genocídio em Gaza, a grande imprensa saiu ao ataque para tentar constranger o governo brasileiro. O portal Poder360, por exemplo, noticiou o fato chamando o dirigente palestino de “militante do grupo extremista”. Já O Antagonista chamou Basem Naim de “líder terrorista” e acusou o Hamas de usar os palestinos como escudo humano.
O objetivo é claro. A grande imprensa quer constranger Lula por ter recebido o apoio de “terroristas” – o que, na cabeça doentia dos direitistas, tornaria o próprio Lula um “terrorista”. Isto é, um criminoso que não mereceria o apoio da população e que poderia ser até mesmo punido legalmente por isso.
Que o Hamas nada tem de criminoso, já foi demonstrado por muitas pessoas. Trata-se de um grupo que luta pela libertação de seu povo. Um grupo que, a rigor, está dirigindo um processo revolucionário no Oriente Médio. Mas não é só isso. Ainda que o Hamas fosse “terrorista”, o escândalo que a imprensa fez em torno do agradecimento ao presidente Lula é ridículo. É mais uma pixotada de uma imprensa que perdeu completamente o senso de ridículo.
É lógico que o Hamas, que é a força armada que defende os palestinos, vai agradecer ao presidente brasileiro pelo apoio ao povo palestino. Se eles não agradecessem, na verdade, seria estranho. Eles iriam agradecer a quem? A Joe Biden, que destinou dezenas de milhões de dólares para a entidade sionista?
A grande imprensa quer dar a entender que haveria alguma coisa de errado na fala de Lula contra o genocídio. Isto é, trata-se de uma tentativa de desautorizar o presidente da República por ter se oposto ao assassinato de 15 mil crianças.
A fala de Lula na Etiópia, onde ele comparou as atrocidades cometidas por “Israel” atualmente com aquelas cometidas pela Alemanha Nazista, mostra, acima de tudo, que Lula, apesar de ser político, é um ser humano. Esses jornais, por sua vez, mostram que não são humanos, porque até isso eles querem usar como uma intriga.
O Hamas não foi o único agradecer a fala de Lula. Todo mundo envolvido no movimento de defesa da Palestina elogiou essa declaração. Vários países falaram em favor do presidente. Trata-se de uma intriga infantil dos jornalistas brasileiros.