Durante seu discurso em uma conferência realizada em Beirute, no Líbano, o Mufti do Iraque, Xeque Mahdi Al-Sumaidaie, afirmou que o que está acontecendo em Gaza é uma campanha implacável de “Israel” destinada a atacar todos os muçulmanos. O Mufti do Iraque ainda acrescentou que “nem uma única nação islâmica no mundo apoia a Resistência além do Irã”, afirmando que, se as nações árabes tivessem se unido contra a ocupação sionista, esta não teria permanecido tanto tempo.
Em sua fala, Al-Sumaidaie também revelou que teve 16 reuniões com Qassem Soleimani, general iraniano assassinado pelos Estados Unidos nos primeiros dias do ano de 2020. Nessas reuniões, o general já teria dito que os iranianos haviam estabelecido planos para formar um exército de muçulmanos, composto por sunitas e xiitas, que seriam concretizados na formação do Eixo da Resistência.
A conferência também recebeu várias figuras importantes do mundo árabe, como o vice-secretário-geral do Hesbolá, Xeque Naim Qassem, que afirmou que a Operação Dilúvio de al-Aqsa é um direito palestino legítimo, descrevendo-a como a “chama da vida que alimenta a Resistência”.
As declarações dos participantes – em especial, a do Mufti do Iraque – reforçam a importância do Irã e do general Soleimani para a luta que está sendo travada pelo fim do Estado de “Israel”. Embora alegue que a Operação Dilúvio de al-Aqsa tenha sido obra dos palestinos, o Irã sabidamente fornece apoio logístico, financeiro e militar a todos os principais grupos envolvidos na luta: Hamas, Jiade Islâmica, Ansar Alá, Hesbolá e os grupos xiitas na Síria e no Iraque.
Não é à toa que o Irã vem sendo vítima de várias provocações por parte de “Israel” e dos Estados Unidos. O próprio assassinato de Soleimani é resultado disso: ainda que morto há mais de quatro anos, o general é tido como um dos grandes articuladores do Eixo da Resistência e, portanto, como um dos maiores inimigos do imperialismo no Oriente Médio.
Recentemente, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, teve sua conta apagada das redes sociais da empresa Meta. Seu grande crime? Defender publicamente a luta do povo palestino.