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Palestina

Sionismo volta a caluniar Hamas para encobrir crimes de ‘Israel’

Sem apresentar nenhuma prova, relatora especial da ONU diz ter “informações claras e convincentes” de que os combatentes do Hamas teriam estuprado mulheres

Em um novo episódio da propaganda do sionismo e do imperialismo contra o Hamas e o povo palestino, nessa segunda-feira (5), Pramila Patten, a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU), uma agência sob o comando dos Estados Unidos, declarou ter “informações claras e convincentes” de que os combatentes do Hamas teriam estuprado mulheres.

De acordo com informações da imprensa burguesa, Pratten e sua equipe visitaram “Israel” para realizar a investigação. Contudo, isto é algo que só serve para desacreditar toda a investigação e as conclusões do relatório. Afinal, desde o início do genocídio, “Israel” vem fabricando mentiras diariamente contra o Hamas, tentando desmoralizar o partido e diminuir o apoio das massas de todo o mundo aos palestinos.

Isto é mais uma jogada publicitária do imperialismo e de Netaniahu”, destacou Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), no programa Análise Política da Terça, que foi ao ar neste dia 5, no canal Rádio Causa Operária

Em sua declaração, Patten afirmou que “com base nas informações obtidas, a equipe da missão encontrou evidências claras e convincentes de que violência sexual, incluindo estupro, tortura sexualizada e tratamento cruel, desumano e degradante foram cometidos contra reféns, e há razões para se acreditar que essa violência pode estar sendo realizada contra os que estão no cativeiro“.

Ela não diz quais informações ou evidências foram estas. 

Mas mesmo que tivesse dito, ainda seria um problema, pois, segundo a página 55 do relatório do Gabinete do Representante Especial do Secretário-Geral para a Violência Sexual em Conflitos (órgão da ONU do qual Patten é representante especial), as informações e evidências foram fornecidas pelas autoridades israelenses. O que é o mesmo de não apresentar nenhuma prova. E, quando se acusa alguém de um crime tão grave quanto o estupro, provas contundentes e indiscutíveis devem ser apresentadas. Rui Pimenta comentou sobre esse absurdo:

“O segundo problema é que no relatório desse escritório para violência sexual em conflito, no ponto 55 é dito o seguinte: como resultado dos desafios mencionados acima, deve ser notado que a informação reunida pela equipe da missão teve, em grande medida, como fonte as instituições nacionais israelenses. Eles mesmos falam isso. Bom, então não vale nada. É preciso apresentar provas. Quando você acusa alguém de estupro, você precisa apresentar provas.”

Vale ressaltar que apesar de “Israel” e o imperialismo continuarem afirmando sem provas que os combatentes do Hamas estupraram mulheres israelenses, há inúmeras denúncias feitas na própria ONU, e embasadas em provas, de mulheres palestinas que foram estupradas pelas tropas do exército israelense.

É preciso lembrar que foi Pramila Patten quem esteve à frente da campanha caluniosa contra a Rússia, de que os soldados russos usavam viagra para estuprar mulheres ucranianas. Outra campanha publicitária do imperialismo contra um país oprimido que está lutando contra a ditadura imperialista.

Em outras palavras, ela é, “evidentemente, uma propagandista paga das posições do imperialismo. Ela não tem autoridade nenhuma. Zero autoridade […] Eles a mantêm, pois ela é um papagaio dos Estados Unidos”, conforme apontado pelo presidente do PCO, deixando claro que o que ela faz é uma “guerra de propaganda, a qual é muito importante desmentirmos”.

Outro aspecto que também deve ser destacado é como o identitarismo está presente nesse caso. Pratten, além de mulher, é negra. O disfarce perfeito para o imperialismo fazer todas suas atrocidades e se blindar de críticas.

O Hamas é um movimento religioso que segue com seriedade e dedicação o Islã. E, segundo a lei islâmica, sequer é permitido encostar em uma mulher que não seja sua esposa (ou filha, ou mãe). Sendo assim, como alguém poderia crer na propaganda de que os combatentes do Hamas seriam estupradores? Esse questionamento foi feito por Rui Pimenta, na Análise de Terça:

“Todo mundo acusa o Hamas de ser fanático por que é um movimento islâmico, que quer estabelecer a lei islâmica. Mas temos que decidir: ou eles querem estabelecer a lei islâmica, ou eles são estupradores, pois a lei islâmica não admite o estupro. Mais corretamente, a lei islâmica não admite que você nem encoste em uma mulher que não seja a sua esposa. Nós vimos isto no Catar. Nós fomos em uma delegação que tinha dois homens e duas mulheres. Ninguém deu a mão para nenhuma mulher nossa, que são mulheres ocidentais, não eram mulheres islâmicas. Então vamos ter claro: é difícil de acreditar que o Hamas está saindo por aí mandando estuprar mulheres. Nesse caso aqui é muito importante o caráter religioso do Hamas.”

À luz dessa nova campanha de calúnias, o Hamas se pronunciou, expondo que ela ocorre “após tentativas ‘israelenses’ fracassadas de provar essa falsa acusação, que foi confirmada não ter base na verdade, exceto para demonizar a resistência palestina e encobrir o relatório dos relatores das Nações Unidas sobre a existência de evidências conclusivas de violações horríveis dos direitos humanos sofridas por mulheres e meninas palestinas pelas forças de ocupação ‘israelenses'”.

Em sua declaração, o Hamas expôs ainda a falta de provas, dizendo que o “relatório não documentou nenhum depoimento do que ela chama de vítimas desses casos, mas confiou em seu relatório em instituições ‘israelenses’, soldados e testemunhas selecionados pelas autoridades de ocupação, para tentar provar essa falsa acusação, que foi refutada por todas as investigações e relatórios internacionais“.

Mas por que razão, após cinco meses da guerra, e após essa mentira dos estupros ter sido desmascarada várias vezes, o imperialismo (através da ONU) insiste em usá-la novamente, como propaganda de guerra contra o Hamas?

Há dois objetivos por trás disto.

O primeiro é que se trata de uma tentativa do imperialismo de encobrir os crimes de “Israel”, conforme apontado pelo próprio Hamas em sua declaração citada acima.

O Estado de “Israel” já assassinou mais de 30 mil palestinos, dos quais pelo menos 12 mil são crianças e nove mil são mulheres. Recentemente, massacrou mais de 100 palestinos que aguardavam por comida no chamado Massacre da Farinha. Inúmeras denúncias, fundamentadas em provas, demonstram que as forças israelenses de ocupação abusam sexualmente e estupram mulheres e garotas palestinas.

À medida que o genocídio se prolonga, e o povo palestino segue em sua resistência heroica, as massas de todo o mundo se revoltam cada vez mais contra “Israel”, tornando insustentável o apoio dos países imperialistas ao Estado sionista.  De forma que o imperialismo precisa utilizar novamente essa mentira para evitar que a crise de “Israel” se aprofunde ainda mais.

Então se chega ao segundo objetivo, que é intimidar o movimento mundial dos povos oprimidos em defesa da Palestina.

O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora (8 de março) está próximo. E a tendência é que seja uma mobilização mundial em defesa da mulher palestina. Consequentemente, em defesa do povo palestino, aprofundando a crise de “Israel”.

Ao utilizar novamente a propaganda de guerra de que o Hamas estuprou mulheres, o sionismo e o imperialismo tentam intimidar os trabalhadores de todo o mundo, em especial as mulheres, a não saírem em defesa da Palestina no dia 8/3. Afinal, “como poderiam defender um povo cujo principal representante político (o Hamas) é composto por estupradores?“. Esta é a campanha política do imperialismo.

E ela deve ser barrada nas ruas, pela mobilização dos povos oprimidos de todo o mundo, em defesa do povo palestino, do Hamas e demais organizações da resistência.

Assim, nesse dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, todos devem sair às ruas em defesa da mulher palestina e pelo fim do Estado nazista de “Israel”!

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