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Palestina

Apoio dos EUA ao genocídio põe em risco reeleição de Biden

o Democratic Socialists of America (DSA), maior organização "socialista" dos EUA, orientou aos eleitores norte-americanos a votarem “descomprometidos” primárias presidenciais

Neste domingo, dia 3 de março, o Democratic Socialists of America (DSA), maior organização “socialista” dos EUA, orientou aos eleitores norte-americanos a votarem “descomprometidos” primárias presidenciais restantes dos Democratas.

O anúncio foi publicado com apenas dois dias de antecedência das eleições primarias, no dia 5 de março, conhecidas como Super Terça. Nesta fase das eleições internas foi esperado um público de milhares de eleitores Democratas.

“Descomprometidos” nas primárias

A primarias são pleitos eleitorais prévios, utilizados para escolher os candidatos do partido na eleição futura. Nestas primarias de 2024, existem no partido dos Democratas, 5 candidatos declarados: Joe Biden, Dean Phillips, Marianne Williamson, Joe Exotic e Jerome Segal.

Na prática, votar como “descomprometidos” significa uma rejeição a estas candidaturas. Além dos candidatos declarados, existem ainda outros potenciais candidatos presidenciais para esse pleito, como Nina Turner. Alguns destes chegando a demonstrar interesse publicamente, caso de Joe Manchin.

Contra o genocídio em Gaza

Em postagens na rede social X (antigo Twitter), o DSA exigiu que a Casa Branca interrompesse o derramamento de sangue em Gaza. As postagens também solicitavam a revogação da assistência militar a “Israel”.

A organização DSA tem mais de 92 mil membros, contando com círculos eleitorais em todos os estados dos EUA. Essa campanha apelando aos Democratas para voltarem “descomprometidos” foi organizada por círculos locais do DSA e das Coligações Palestinas do Colorado na semana passada, ganhando apoio do UFCW 3000, importante sindicato, representante de uma base com mais de 50 mil trabalhadores de mercearias em Washington, Oregon e Idaho.

A campanha cresce em popularidade junto aos protestos realizados contra a ocupação em Gaza. Nas primárias de Michigan, semana passada, mais de 100 mil pessoas votaram “descomprometidas”.

O brutal ‘Massacre da Farinha’ desta semana provou mais uma vez que Israel é um estado de apartheid brutal e desumano que carrega um legado de 75 anos de genocídio e ocupação. Mais de 30 mil palestinos já morreram; quantos serão SUFICIENTES para Joe Biden parar esta guerra?”. Afirmou o DSA em publicação, referindo-se aos ataques de “Israel” a civis palestinos que aguardavam pela ajuda alimentar na Cidade de Gaza, em 29 de fevereiro, que resultou em ao menos 112 mortos e mais de 750 feridos. 

Maioria dos norte-americanos é contrária ao genocídio em Gaza

Uma pesquisa conduzida pelo Wall Street Journal constatou que 60% dos norte-americanos desaprovam a política dos EUA e de Joe Biden em relação à Faixa de Gaza. Ainda 42% acham que “Israel” se excedeu no suposto combate ao Hamas, na Faixa de Gaza, contra 19% que apoiariam as ações sionistas.

Embora possamos estranhar a forma das perguntas, que não colocam claramente as questões políticas em tela, a pesquisa revela dados interessantes. Segundo o relatório, ao menos 33% dos entrevistados consideram que os EUA realizaram “muito pouco” em auxílio aos palestinos, demonstrando uma crescente empatia com a Palestina, enquanto 30% dos entrevistados consideram que os EUA ajudam em “demasiado” “Israel”.

“Israel”, companheiro impopular

Nem a tradicional imprensa imperialista omite a impopularidade de “Israel”: apoiar o sionismo é uma política profundamente antipopular. Biden não foi o único prejudicado por cultivar essas relações: a pressão dos eleitores que optaram por “nenhuma das opções acima” no momento do voto é considerável e universal.

O fenômeno também é comum aos Republicanos. Na semana passada, a candidata presidencial Nikki Haley passou por constrangimento ao se tornar a primeira candidata a perder para “ninguém” nas primárias do Partido Republicano em Nevada, possibilidade que foi introduzida em 1975.

O cenário apenas aprofunda a crise na política dos Democratas, e no governo Biden no geral. Publicamente, o DSA responsabiliza Biden e sua política pela provável reeleição de Donald Trump.

Hoje, o DSA endossa ‘Descomprometido’ nas restantes primárias presidenciais democratas. Até que esta administração termine o seu apoio ao genocídio de Israel em Gaza e entregue um cessar-fogo permanente e duradouro, Joe Biden assumirá a responsabilidade por outra presidência de Trump”. Declarou o DSA, complementando que “a derrota é certa” se Biden continuar no rumo político atual. 

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