No dia 28 de fevereiro a direção da Caixa Econômica Federal anunciou mais um Plano de Demissão para os seus funcionários.
Desta vez, a intenção do banco é jogar no olho da rua 3.200 trabalhadores através do famigerado Plano de Demissão “Voluntária”.
Conforme Circular Interna (CI) do banco, o prazo para a adesão vai do dia 04 de março a 31 de maio de 2024 e o período de desligamento será a partir do dia 01 de julho a 30 de agosto.
Um dos principais efeitos da crise econômica mundial são as demissões. O Brasil assiste a um processo de demissão em massa em diversas categorias. Este processo é sempre acompanhado de uma manobra patronal que permite que os capitalistas empurrem goela abaixo as demissões.
Um dos principais mecanismos é o Plano de Demissões Voluntárias.
Em diversas categorias onde foi implantada esta manobra, os trabalhadores pagaram com seus empregos, cujo objetivo é aumentar ainda mais o lucro dos patrões.
A fórmula para as demissões sempre é a mesma. Contando com a colaboração da burocracia sindical ao afirmar que – ao invés de lutar contra a política de demissão – a adesão ao plano “é uma decisão individual”, os patrões demitem os trabalhadores de “forma amigável”, com supostas vantagens, quase sempre mirando o pessoal mais antigo da empresa, com salários mais altos.
A falsa ideia de demissão voluntária inibe qualquer iniciativa dos trabalhadores contra as demissões, evitando as mobilizações, impedindo a resposta unitária do movimento de trabalhadores que sempre surge como reação aos ataques à categoria.
Além disso, o PDV intensifica a exploração. Com a falta de efetivo a empresa dobra a carga de trabalho, como já vem acontecendo na categoria bancária com a redução sistemática de postos de trabalho.
Os bancários estão sofrendo amargamente, com a política dos banqueiros, quando o quesito é o desemprego.
A política dos banqueiros vai no sentido totalmente contrário aos interesses de desenvolvimento do País, onde o setor bancário é de fundamental importância na economia em todo o território nacional. De janeiro de 2014 a abril de 2023, os bancos fecharam 5.716 agências e eliminaram cerca de 70 mil postos de trabalho. A categoria bancária, que na década de 1980 chegou a ter mais de 1 milhão de trabalhadores bancários, hoje conta com apenas cerca de 450 mil.
Nesse sentido, os trabalhadores da Caixa Econômica Federal devem lutar contra as demissões e exigir das direções do movimento sindical realize uma gigantesca mobilização cuja campanha seja de boicote ao PDV, mecanismo patronal que permita a demissão em massa de trabalhadores e, diante das demissões, organizar a greve da categoria contra mais esse ataque à classe trabalhadora.



