Estamos cada vez mais próximos da 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária. No próximo final de semana (do dia 02 a 03 de março), a militância do PCO se encontrará em São Paulo, capital, para discutir as questões mais prementes da política mundial.
A questão palestina
O debate girará em torno da questão palestina e suas implicações. No âmbito nacional, a esquerda brasileira e, em especial o presidente Lula, vem sendo atacados pelo que há de mais abjeto na política brasileira: um amontoado de setores que vão desde a direita tradicional, até o mais raivoso bolsonarismo, todos vinculados pelo sionismo. No entanto, a esquerda e, em especial, o Partido dos Trabalhadores (PT), vem atuando de forma equivocada, temendo a reação da burguesia frente ao necessário apoio aos palestinos. Não à toa, o Presidente Lula é um ponto de destaque dentre seu partido por defender abertamente o povo palestino e sua luta por autodeterminação.
Nesse sentido, também será discutida a mais recente viagem de Rui Costa Pimenta, Presidente do Partido da Causa Operária, que se encontrou com lideranças do Hamas no Qatar, para se solidarizar com o povo palestino e angariar informações para expor as mentiras sionistas sobre o 7 de outubro. No encontro nacional, serão exibidos materiais exclusivos sobre a viagem de Rui Pimenta a Doha, tratando de diversos temas referentes ao atual conflito em Gaza.
Além do contato com as direções do Hamas no Qatar, grupo que vem conduzindo a luta pela libertação nacional palestina, a comitiva do PCO também teve acesso a palestinos que no momento estão sendo tratados em hospitais do Catar. Pessoas comuns atingidas pelos bombardeios de “Israel”, o posto avançado do imperialismo no Oriente Médio.
O conflito ucraniano
Além das relevantes discussões referentes ao massacre palestino, a 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária também tratará do conflito ucraniano, que vem precipitando uma profunda crise do imperialismo.
Nesse sentido, é importante destacar como a dinâmica histórica da dominação imperialista entrelaça ambos os conflitos. Não haveria uma operação “tempestade Al-Aqsa” sem que antes a Rússia tivesse aceitado o desafio da OTAN na Ucrânia. Ou seja: não se trata de um evento isolado, mas de um complexo desenvolvimento histórico resultado da decadência capitalista.
Além disso, o topoi da libertação nacional russa é um elemento pouco discutido quando a mídia burguesa trata do conflito ucraniano, mas é impossível entender tal conflito sem passar por esse ponto fundamental. Afinal, as repúblicas de Lugansk e Donetsk, compostas por maiorias étnicas russas em território ucraniano, são (até agora) o centro da disputa no terreno.
Nas palavras de Antônio Carlos Silva, membro da Direção Executiva do PCO:
A conferência ocorre em um momento muito importante, de crescimento do apoio à rebelião do povo palestino contra o regime nazista de Israel e de avanço da Rússia na libertação dos territórios integrados recentemente à Federação Russa, em um quadro geral de crise do imperialismo. Ao mesmo tempo, de agravamento da crise interna, depois do ato bolsonarista do último domingo, diante do que a esquerda (com atraso e com enormes limitações) decidiu convocar uma dia nacional de luta, em 23/2. Diante dessa evolução, o encontro visa fazer um balanço da situação; debater as perspectivas e aprovar as campanhas que busquem um reagrupamento de forças para impulsionar a mobilização necessária da esquerda no País, mas também no exterior.
A crise do Imperialismo
Como podemos observar, o capitalismo em sua fase monopolista, ou imperialista, está em decadência profunda. No entanto, a esquerda brasileira não demonstra energia para enfrentar, nas ruas, as forças do capital. Ao contrário, são os reacionários mais virulentos, como o ex-presidente Bolsonaro, que tomam as ruas, estas últimas abandonadas pela esquerda.
No momento, o imperialismo apresenta o conflito ucraniano e o genocídio palestino como batalhas entre “democracias” e “ditaduras”, manipulando o senso moral da esquerda pequeno burguesa para, na melhor das hipóteses, paralisá-la e, na pior das hipóteses, tornar a moralidade imperialista como a régua para definir o que deve ser feito pelas forças da classe trabalhadora. O lobo tenta ensinar o cordeiro a fazer política.
A conferência, por tanto, se apresenta como um local de aglutinação aberto a todos os lutadores populares sinceros, que buscam atuar de forma concreta na situação política nacional e internacional, sem se acovardar pelo rugir da burguesia e suas lágrimas de crocodilo, chorando por “civilidade”.
Para mais informações referentes a 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária, entre em contato pelo número: +55 11 99741-0436