Na última quinta-feira, um portal de notícias independente norte-americano apresentou dados que demonstram como o bloqueio do porto de Eilat pelo governo Ansaralá do Iêmen, somado aos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aos portos de Ashkelon e Ashdod, estão asfixiando a economia israelense. Um bloqueio adicional do governo iraquiano no Mar Mediterrâneo pode ser a pá de cal sobre o mercado de “Israel”.
Apesar do regime sionista buscar passar confiança ao comércio mundial, o portal Mondoweiss apontou evidências da farsa em matéria intitulada “Mentiras israelenses sobre uma ‘ponte terrestre’ para o Golfo mostram que o bloqueio do Iêmen está funcionando”. O governo de ‘Israel’ está desesperado tentando não perder parceiros internacionais apresentando a ideia de que sua economia estaria funcionando normalmente.
A operação dilúvio Al-Aqsa comandada pelo Hamas no histórico 7 de outubro de 2023 inviabilizou portos importantes controlados pelo regime sionista no Mar Mediterrâneo para importação de petróleo e fornecimento de máquinas de guerra. Assim, ‘Israel’ foi obrigado a transferir navios para o porto de Eilat, o qual também foi bloqueado pela ação iemenita no Mar Vermelho. Por fim, o governo israelense teve que mudar suas linhas de abastecimento para o porto de Haifa ao norte.
Tal situação gerou uma grande crise para a economia de ‘Israel’, os preços aos consumidores se elevaram bastante e os custos empresariais também tiveram grande alta. Esses efeitos acarretam grandes consequências como a perda de confiança em seus mercados financeiros.
Diante desse problema, empresas israelenses como a Trucknet passaram a sustentar a ideia de que haveria uma “ponte terrestre” que conectaria Israel ao Golfo Pérsico através da Jordânia para minimizar os impactos negativos da economia israelense. Essa afirmação teria resultado em críticas generalizadas nas redes que exigiriam o fim da cooperação com ‘Israel’ e atribuiriam aos Emirados Árabes Unidos (EAU) e Arábia Saudita cumplicidade no genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza.
Entretanto, uma breve investigação teria colocado em questão a existência de uma ponte entre ‘Israel’, Jordânia e o Golfo. Em primeiro lugar, a Trucknet, que foi a primeira empresa a alegar essa história, fornece uma plataforma para otimização de envios, ou seja, não se trata de uma empresa de transporte marítimo. Em dezembro, a Trucknet emitiu comunicado sobre um acordo de cooperação com outra empresa chamada Puretrans que estaria sediada nos Emirados Árabes e atuaria nos portos de Dubai.
Os detalhes da investigação realizada demonstrariam que nenhuma dessas empresas atuaria no setor de transporte marítimo e também não haveria atividades comerciais nos EAU para uma empresa com nome de Puretrans. Além disso, haveria indícios de que a empresa Trucknet está envolvida em fraudes financeiras, suas ações no mercado teve o valor dobrado um dia antes do anúncio da “ponte terrestre”. Após a repercussão da existência da “ponte terrestre”, as ações voltaram a cair e hoje possuem valor no patamar anterior à declaração.
É razoável a tese de que, se a Trucknet estivesse a gerar receitas adicionais devido aumento de sua atividade empresarial em virtude da “ponte terrestre”, o valor de suas ações não teria despencado tão severamente como apontado e que, ao invés disso, teria aumentado refletindo os novos ganhos.
A insistência nessa história de “ponte terrestre” evidentemente como apontado tem a ver com o desejo do governo israelense promover a normalização de sua economia e acalmar seus investidores. Isso demonstra que o Hamas e o Iêmen atingiram o coração do regime sionista, demonstrando a importância dentro daquilo que é possível no momento de romper as relações econômicas com ‘Israel’.
Tanto os bombardeios na Faixa de Gaza pelas forças aéreas sionistas, quanto no Iêmen pelos Estados Unidos e Inglaterra, são resultado desta agonia. A situação da economia israelense deve se agravar ainda mais com o bloqueio adicional que o Iraque deverá impor e com a pressão popular na Jordânia por um bloqueio ao comércio terrestre.