A ANTT reajusta novamente os preços das passagens de ônibus do entorno do Distrito Federal.
O novo reajuste foi de 8,5%, e é feito em menos de 6 meses após o último, que, por sua vez, foi implementado no mês de março, em um percentual de 12% em março. Já o penúltimo reajuste foi de 15%, datado de agosto de 2023. Uma revelação de que o trabalhador brasileiro segue sendo expropriado, dia a dia.
Vale ressaltar que esse reajuste ocorre em um transporte público completamente sucateado, sem qualquer atenção por parte do Estado. Se os reajustes anteriores não melhoraram a situação do transporte, este também não produzirá nenhum efeito positivo. Só em mais despesas para o povo do DF. De forma que quem mais sofre é a população que tem pouca ou quase nenhuma opção a não ser usar esse meio de transporte.
A justificativa padrão das empresas de transporte que fazem o trecho da concessão pública do entorno sul como CTExpresso, UTB, kandango e Catedral, bem como do entorno norte Amazônia interturismo, Viação transporte coletivo do entorno e Taguatur são as mesmas: aumento dos preços do combustível, óleo lubrificante, IPCA acumulado de 4,621% de janeiro a dezembro de 2023. Foi ressaltando ainda que entre 2021 e 2022 não houve recomposições devidas o que resultou em dificuldades operacionais.
O fato é que todas essas empresas de ônibus abusam da concessão pública e lançam para a população o pior do serviço de transporte que pode ser prestado por alguma empresa.
O Distrito Federal e o entorno do Goiás tem um caso antigo de desrespeito aos usuários de transporte público e a ANTT legitima a repressão econômica. Já o GDF faz questão de escantear na rodoviária e deixar bem separados, quase como páreas de outro estado no terminal rodoviário, os trabalhadores e empresas do entorno sul e norte, sem suporte, sem estrutura amargam chuva e poeira.
O fato é que a população vive um caos no transporte público do entorno, tanto pela péssima concessão de transporte público como pela péssima administração pública das vias que, além de esburacadas, não dão o correto escoamento desses ônibus, a exemplo do entorno sul no qual algumas linhas dessas empresas podem usar a via expressa do BRT, já outras não usam e a população é obrigada a amargar um trânsito tão horrível quanto das principais metrópoles brasileiras.
Esse aumento das passagens é um movimento tradicional da burguesia, que todo ano se aproveita desses supostos gastos para enquadrar a população e o Estado na sua incapacidade de gerir os contratos.
Os cartéis e tubarões do transporte público não aceitam ter nenhum centavo a menos no seu lucro, custe o que custar, inclusive a própria subsistência dos trabalhadores.