As recentes declarações do presidente Lula acirraram as relações entre o governo brasileiro e o governo sionista de “Israel”. Lula declarou em duas oportunidades nesta última semana que o governo sionista realiza um verdadeiro genocídio contra o povo palestino, uma política idêntica à que Adolf Hitler colocou em prática na Alemanha contra os judeus.
Suas declarações geraram uma crise internacional, bem como serviram para ajudar a distinguir em nosso País aqueles que, de fato, lutam em defesa da soberania nacional, daqueles que estão ao lado do imperialismo e do sionismo contra os interesses do povo brasileiro.
Essa luta política entre o povo de um país oprimido e o imperialismo mundial também está em marcha no Iêmen, vítima de inúmeros ataques dos países imperialistas e também de governos lacaios do imperialismo. Está se desenvolvendo nesse momento um processo de unificação do país com base na luta contra o sionismo.
O Iêmen foi o país que se lançou oficialmente em guerra contra o Estado de “Israel”. Até o momento, é o único país que o fez. Apesar de suas inúmeras limitações e de ser um país devastado pelas invasões imperialistas, o Iêmen está sendo capaz de impor uma importante resistência contra o imperialismo e os sionistas.
Esta luta promovida contra “Israel” está sendo responsável por não apenas defender os palestinos como também desenvolver a luta política interna do país contra o imperialismo. O país está dividido desde 2015, quando começou a guerra do imperialismo contra o governo do Ansar Alá (chamados de Hutis pela imprensa burguesa). Com a ação contra “Israel”, o imperialismo não está sendo capaz de conter a verdadeira revolta pela independência nacional do Iêmen, um dado extremamente relevante para todos aqueles que lutam contra o imperialismo.
O que ocorre no Iêmen é um exemplo para todos os países oprimidos, em especial para o Brasil. O Brasil é um dos principais alvos do controle do imperialismo, e Lula, apesar de eleito pela força da mobilização popular, enfrenta diversas dificuldades para governar em oposição à burguesia pró-imperialista.
Com o desenvolvimento da luta contra o sionismo, aqueles que defendem “Israel” e o imperialismo estão sendo obrigados a confrontar o governo Lula de forma aberta, polarizando a luta política nacional e abrindo a possibilidade de desenvolver a luta da classe operária contra o imperialismo.
A luta contra o sionismo no Brasil é a luta contra o imperialismo e também contra o golpismo contra o governo Lula. Por isso, é fundamental o desenvolvimento da mobilização de rua contra “Israel”.