A Baía de Guantánamo, localizada na costa sudeste de Cuba, é conhecida principalmente por ser o local da Base Naval da Baía de Guantánamo, uma instalação militar dos Estados Unidos.
Em 1903, os Estados Unidos e Cuba assinaram o Tratado de Relações entre Cuba e os Estados Unidos (também conhecido como Emenda Platt), que concedeu aos Estados Unidos o direito de manter uma base naval na região por tempo indefinido, pois garantia ao país o direito de intervir em território cubano para “proteger a independência cubana”.
Cuba, entretanto, denuncia que a ocupação norte-americana da Baía de Guantánamo é completamente ilegal, já que a Emenda Platt foi firmada “por meio de ameaça de força”, além de dizer que “viola o direito internacional”.
A partir daí ocorreu a invasão de Porto Rico e o ataque naval a Santiago de Cuba. Após o triunfo da Revolução Cubana, em 1 de janeiro de 1959, foram organizadas ações nesse território contra pescadores cubanos e os assassinatos dos combatentes da brigada de fronteira Luis Ramírez López e Ramón López Peña.
No começo deste século, a Base Naval de Guantánamo foi transformada numa prisão, no âmbito da luta que os EUA dizem travar contra o “terrorismo”, depois do 11 de setembro de 2001. Os prisioneiros da base são submetidos a torturas físicas e psicológicas. Até hoje, algumas dezenas de pessoas permanecem lá em uma espécie de limbo jurídico.
Trata-se de um dos maiores ataques do imperialismo contra o povo cubano. Expulsar os Estados Unidos do território cubano é um passo fundamental para garantir a independência da ilha caribenha frente à maior máquina de matar da história.