Desde a operação da resistência palestina em 7 de outubro de 2023 contra as forças de ocupação, “Israel” vem intensificando os ataques à Síria com bombardeios.
Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024, “Israel” bombardeou o bairro de Kafr Sousa, em Damasco, capital da Síria, matando duas pessoas, ainda não identificadas, em um edifício residencial. A região do bairro de Kafr Sousa abriga um complexo com as sedes de diversas agências da segurança síria, fortemente protegidos; há na região também centros culturais dedicados à cultura iraniana e diversos prédios residenciais.
Apesar de “Israel” não ter confirmado, até o momento, a autoria do ataque, é seguro presumir que foram o sionistas os perpetradores.
Desde 2011, quando irrompeu a “guerra civil” na Síria, impulsionada pelo imperialismo para desestabilizar o governo nacionalista do presidente Bashar al-Assad, os Estados Unidos e “Israel” vêm realizando ataques à Síria; segundo os países agressores os alvos são ligados ao Irã, que apoia a resistência do governo sírio contra o imperialismo norte-americano e seu principal cúmplice no Oriente Médio, o criminoso Estado sionista de “Israel”.
O chefe da agência Síria do Observatório dos Direitos Humanos (SORH, na sigla em inglês, organização sediada na Inglaterra, dedicada ao monitoramento dos direitos humanos e de oposição às guerras) Rami Abdulrahman, afirmou que o ataque de hoje em Damasco, é similar ao ataque do mês passado, ocorrido em Beirute, capital do Líbano, no qual foi assassinado Saleh al-Arouri, oficial de alta patente, dirigente do Hamas, principal grupo político armado da resistência palestina.
O representante da SORH disse que os ataques a Damasco são o resultado de novas ações de “Israel” contra alvos no território da Síria. Desde o começo deste ano a SORH documentou 13 ataques na Síria: foram oito ataques aéreos e cinco ataques com foguetes disparados do solo. As bombas destruíram 31 alvos, deixando 31 combatentes mortos e 13 feridos.
Daniel Hagari, porta-voz do Exército de “Israel”, disse, em 3 de fevereiro, que as forças de ocupação já haviam atacado mais de 50 alvos do grupo Hesbolá na Síria e 3,4 mil no Líbano, desde 7 de outubro de 2023. O governo de apartheid de “Israel” em geral não comenta seus ataques contra a Síria; entretanto, tem avisado que não permitirá que o Irã, que apoia o governo nacionalista do presidente Bashar al-Assad, aumente sua presença na Síria.
Os ataques de hoje foram noticiados pela rede Al Jazeera, do Catar, que apresentou vídeos das redes sociais mostrando os impactos do bombardeio no prédio residencial, em Kafr Sousa. Os vídeos mostraram o prédio atingido pela bomba, prédios vizinhos com vidraças estilhaçadas e carros estacionados que foram atingidos pelos destroços.