Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, está realizando uma série de viagens pela América Latina. Na terça-feira (20), ele estava em Havana, Cuba, indo, posteriormente, para Caracas, capital da Venezuela.
Em território venezuelano, Lavrov realizou uma reunião com o chanceler da Venezuela, Yván Gil. Na ocasião, segundo comunicados oficiais, eles discutiram não só questões relacionadas ao comércio entre os países e a possível entrada do país latino-americano no BRICS, como também anunciaram que lutarão para recuperar os bens que o imperialismo roubou.
“Hoje [20] trocamos opiniões sobre como vamos proceder. Temos planos próprios, a Venezuela também pretende dar alguns passos, então a troca de experiências nessa área é muito útil”, afirmou Lavrov em entrevista coletiva ao final da reunião.
Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, por exemplo, cerca de 300 bilhões de euros, cerca de 1,5 trilhão de reais, provenientes do Banco da Rússia foram investidos na União Europeia e nos países do G7, ou seja, confiscados. Em outras ocasiões, os russos já destacaram que tal roubou violaria todas as normas do direito internacional.
Já sobre o BRICS, o chanceler venezuelano afirmou que “discutimos a posição que a Venezuela terá na presidência pro tempore da Rússia e esperamos ter notícias do nosso progresso para nos tornarmos um membro pleno do BRICS”.
Por fim, cabe ressaltar que os ministros discutiram o uso pacífico de energia nuclear, caracterizado por Lavrov como “promissor”. Além disso, segundo o chanceler russo, ambos os países trabalharão para ampliar suas relações comerciais e econômicas em diversas áreas, incluindo “a produção de petróleo, desenvolvimento de campos de gás, agricultura, medicina e produtos farmacêuticos, exploração espacial, tecnologias de informação, comunicação e inovação”.