Nessa terça-feira (20), está ocorrendo a defesa do último recurso de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para evitar a sua criminosa extradição para os Estados Unidos. O jornalista, que está preso em Londres, Inglaterra, está sendo acusado pelo imperialismo norte-americano de espionagem em decorrência do vazamento de documentos confidenciais que mostra que os EUA cometeram inúmeros crimes de guerra.
No início da sessão, o advogado de Assange, Ed Fitzgerald, denunciou que o jornalista foi alvo de uma operação da CIA, o serviço norte-americano de inteligência, para matá-lo enquanto estava na embaixada do Equador em Londres. O advogado também informou que o fundador do WikiLeaks “não estava bem”, motivo pelo qual ele não compareceria à audiência.
“Existe um risco real de novas ações extrajudiciais contra ele por parte da CIA ou de outras agências”, disse Fitzgerald segundo a emissora britânica BBC. Ele também afirmou que:
“Ele [Assange] está sendo processado por se envolver em práticas jornalísticas comuns de obtenção e publicação de informações classificadas [secretas], informações que são ao mesmo tempo verdadeiras e de óbvio e importante interesse público.”
Fora do tribunal onde está ocorrendo a sessão, manifestantes se reuniram para exigir a liberdade de Julian Assange. Sua esposa, antes da audiência, agradeceu à multidão: “por favor, continuem comparecendo, estejam lá por Julian e por nós, até que Julian seja liberto”.
“Temos dois grandes dias pela frente. Não sabemos o que esperar, mas vocês estão aqui porque o mundo está assistindo. Eles simplesmente não podem se safar dessa. Julian precisa de sua liberdade e todos nós precisamos da verdade”, disse Stella Assange.