Segundo levantamento feito pelo Procon-SP, os repelentes contra insetos ficaram mais caros após a recente alta nos casos de dengue no estado de São Paulo. Os dados mostram que, em comparação ao levantamento anterior, que foi feito em dezembro de 2023, os produtos ficaram 15,78% mais caros em média.
O levantamento em questão foi feito virtualmente, por meio da consulta dos preços em cinco sítios de farmácias. O órgão também registrou diferenças de até 84,19% no preço de um mesmo produto em estabelecimentos diferentes.
O caso mostra como os capitalistas se aproveitam das dificuldades do povo para lucrar. Afinal, os casos de dengue aumentaram em todo o País, ocasionando, em alguns lugares, até mesmo mortes. Frente a isso, a burguesia dificulta o acesso a um produto importante para a prevenção contra a doença.
Há mecanismos que o governo federal poderia utilizar para evitar a subida de preços, como o tabelamento de preços de produtos em casos de crises de saúde. Finalmente, no Brasil, cerca de 25% dos trabalhadores recebem até 1 salário mínimo, e compromete metade do orçamento familiar para comprar uma cesta básica. Qualquer aumento no valor de produtos de saúde pode afetar enormemente a população mais pobre, que, inevitavelmente, sofrerá mais durante qualquer crise de saúde.