Na quinta-feira (14), o presidente Lula realizou uma coletiva de imprensa no Cairo, capital do Egito. A viagem tem como objetivo formalizar relações com o novo parceiro nos BRICS, mas não pode deixar de comentar a situação da guerra na Faixa de Gaza. O presidente comentou sobre a necessidade da criação de um Estado palestino e também de um cessar-fogo.
Em suas palavras: “é urgente estabelecer um cessar-fogo definitivo, que permita a prestação de ajuda humanitária sustentável e desimpedida e a imediata liberação de reféns. O Brasil é terminantemente contrário à tentativa de deslocamento forçado do povo palestino. Por este motivo, entre outros, o Brasil se manifestou em apoio ao processo instaurado na Corte Internacional de Justiça pela África do Sul. Não haverá paz sem um Estado palestino convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordas e internacionalmente reconhecidas”
Ele ainda se pronunciou sobre a necessidade de mudanças na ONU: “as últimas guerras que tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho da ONU, a invasão à Líbia, a Rússia não passou pelo conselho para fazer a guerra na Ucrânia e o Conselho não pode fazer nada sobre a guerra na Faixa de Gaza. Ou seja, a única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada pela direção das Nações Unidas”. Ele concluiu: “de qualquer ângulo que se olhe, a escala da violência cometida entre os dois milhões de palestinos em Gaza não encontra justificativa”.