Com a crise do imperialismo, cada dia que passa os direitos democráticos da população mundial vão ficando cada vez mais restritos. A Internet é um exemplo claro de como a burguesia está agindo contra aqueles que pensam diferente e denunciam seus crimes. A censura e a perseguição nas redes sociais já existe de forma muito avançada.
A escalada dos conflitos internacionais requer que o imperialismo cerceie de uma vez por todas qualquer tipo de manifestação que vá contra seus objetivos. Segundo o New York Post, uma deputada do Partido Democrata, quer aprovar um projeto de lei que tornaria o bloqueio intencional do tráfego nas estradas do estado de Nova Iorque um ato de “terrorismo doméstico”.
A expressão “terrorismo doméstico” foi popularizada recentemente nos EUA e já foi tipificada criminalmente. O “terrorista doméstico” é, em resumo, praticado por alguém que, intencionalmente, comete um crime que coloca em risco a vida de outras pessoas com a intenção de coagir ou intimidar um grupo social, ou o próprio Estado para que tome alguma atitude específica. O terrorismo também inclui a agressão, sequestro, assassinato de agentes públicos com fins políticos.
A deputada Stacey Pheffer Amato apresentou a legislação repressiva em resposta aos protestos contra o genocídio ralizado pelo Estado de “Israel” que bloqueiam o tráfego nas uras e estradas, interrompendo os deslocamentos no horário de pico ao longo da ponte do Brooklyn, do túnel Holland e de outras vias importantes nos últimos meses. O crime entraria na categoria de classe D. O “infrator” poderia pegar uma pena máxima de 7 anos de prisão.
“Embora as pessoas tenham o direito de protestar, elas não têm o direito de causar medo, pânico e colocar a vida de outras pessoas em perigo [grifo nosso]” diz trecho dos documentos aos quais a deputada utiliza para justificar seu projeto. Segundo o jornal, Queens é um distrito bastante conservador e inclusive umas das vereadoras do Partido Republicano apoia a lei.
“[O projeto de lei] parece ótimo, mas esperemos que esta não seja a versão legislativa de uma oportunidade fotográfica. Bem intencionado, mas sem substância e tudo para exibição”, disse a vereadora Joann Ariola (R-Queens) ao The Post. Ou seja, entre a ala mais conservadora de ambos os partidos majoritários norte-americano há um consenso em que se deve atacar violentamente o direito de manifestação da população.
Nesse momento o PL, já conta com apoio de outro deputado democrata no estado, Sam Berger. Além disso, no mês de janeiro, a governadora Hochul defendeu um pacote legislativo que expandiria o estatuto estadual de crimes de ódio para incluir 31 crimes adicionais, incluindo grafite, incêndio criminoso e estupro.
Essa não é primeira tentativa nos Estados Unidos de barrar as mobilizações que crescem a cada dia por todo planeta em defesa da Palestina contra o Estado criminoso, sionista de “Israel”. Além dos EUA, em vários países da Europa, por exemplo, não é permitido que se saia de casa com uma bandeira da Palestina.
Por outro lado, o imperialismo, mesmo com suas diversas formas de tentar esconder o genocídio em marcha na Faixa de Gaza, não está conseguindo. Cada dia que passa o mundo continua a assistir com ainda mais indignação o banho de sangue que está sendo orquestrado contra o povo palestino. E as mobilizações por todo o mundo crescem.
No Brasil, logo após o 7 de outubro, onde as forças de resistência armada palestina deflagrou a operação Dilúvio de al Aqsa, a Câmara de vereadores de Sorocaba aprovou um PL nº 290/2023, de autoria do executivo, que prevê multas a quem prestar apoio ou “exaltar atos praticados por grupos extremistas que configurem terrorismo ou crime praticados contra a humanidade”.
“É importante ressaltar que nós não estamos, de modo algum, colocando aqui nada contra o povo palestino. Somos contra o terrorismo, contra aqueles que praticam terror. E o Hamas é um grupo terrorista, o que ficou mais do que claro nessa guerra contra Israel. Quando há uma manifestação em favor da Palestina, em favor de Israel, ótimo, mas o que nos motivou a fazer isso foi um pequeno grupo que começou a protestar a favor dos ataques, a favor do Hamas especificamente.” Disse o Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga.
No caso brasileiro vemos as tentativas de proibir as manifestações já se iniciando, nas redes a censura e a perseguição contra quem defende a Palestina a todo vapor. Já nos países imperialistas que se dizem os democráticos, querem acabar com as manifestações em defesa do povo palestino e para isso estão dispostos a acabar com todos os direitos democráticos da população.