De acordo com informações do Ministério da Educação divulgadas na última sexta-feira (9), o Programa Universidade para Todos (Prouni) recebeu 12.980 inscrições em Mato Grosso do Sul. São ofertadas, no entanto, apenas 7.200 bolsas, quase que a metade dos que se inscreveram no programa no estado.
Destas bolsas, 6.351 são integrais (cobrem 100% do valor do curso) e 849 parciais (apenas 50%). Além disso, elas estão divididas entre 143 cursos e 39 instituições de ensino sul-mato-grossenses.
O mesmo pode ser visto em outros estados. Em São Paulo, estado que recebeu o maior número de inscrições, 231.500 pessoas se registraram no Prouni. As universidades privadas paulistas, entretanto, só ofertam 105.445 bolsas, menos da metade do que seria necessário. Depois de São Paulo, em segundo lugar, está Minas Gerais, com 132.350 inscrições e 40.084 bolsas; e Bahia, com 114.632 para uma oferta de 22.094 bolsas.
Os dados mostram como a educação superior é extremamente limitada no Brasil. Já é um absurdo que jovens tenham que se submeter a exames como o Enem para ter o direito a entrar em uma universidade. Um absurdo tão grande é o fato de que, depois de passar, boa parte desses jovens ainda precisam pagar valores exorbitantes.
Isso só pode ser resolvido por meio do fim de todas as instituições pagas de ensino. É preciso lutar por uma educação completamente gratuita e pelo fim de todos os vestibulares, que só servem para cercear os direitos da juventude. É dever do Estado garantir as condições necessárias para que todos que queriam, possam estudar.