O Exército israelense em Gaza, incapaz de enfrentar a resistência armada palestina, continua intensificando o seu ataque covarde e genocida contra a população civil da Faixa de Gaza.
Seu alvo preferido são não apenas as crianças e as mulheres, mas também as instalações onde essas crianças e mulheres encontram-se na situação mais vulnerável possível: os hospitais.
Desde o dia 7 de outubro já são dezenas de instalações médicas em Gaza destruídas pelos militares do exército sionista de Israel. E essa ofensiva covarde continua.
Segundo reportagem do jornal Al Jazeera, no último dia 9 de fevereiro, franco atiradores israelenses abriram fogo contra “qualquer corpo em movimento” em frente ao Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul de Gaza.
Na ocasião, civis deslocados de bairros densamente povoados próximos ao hospital tentavam chegar a este que é neste momento o único lugar, em toda área sul de Gaza, que ainda tem um pouco de água.
Os civis que se encontram nessa região haviam sido deslocados para lá por conta dos bombardeios em outras áreas da Faixa de Gaza e agora encontram-se reféns da falta de água, comida e da destruição das dependências hospitalares.
Tanto o Hospital Nassar quanto o Hospital Al-Amal, os maiores da região, estão sitiados pelos sionistas por ar, terra e mar.
Ofensiva à cidade de Rafah
Na mesma situação encontram-se os palestinos que foram deslocados para a região de Rafah, na fronteira com o Egito – atualmente mais da metade da população da Faixa de Gaza.
Designada pelo exército israelense como uma “zona segura” para os civis, o exército de Israel, agora, mostrando o tamanho do desespero por não conseguir vitórias militares em Gaza, anunciou que planeja avançar inclusive em Rafah, o que já fez despertar um sinal de alerta até mesmo por parte do governo norte-americano que teme o estabelecimento de uma “verdadeira catástrofe humanitária”.
Informações da Sociedade do Crescente Vermelho dão conta de que também em Rafah, o hospital local, Al Quds, sofreu danos significativos perpetrados pelos tanques de guerra israelenses.
O governo de Benjamin Netanyahu, em comunicado enviado ao exército na última sexta-feira, teria ordenado que a cidade fosse evacuada antes do início da ofensiva israelense.
Entretanto, um comunicado oficial do Hamas alerta que a ofensiva na cidade de Rafah já foi iniciada, segundo comunicou o grupo em seu canal oficial do Telegram em um apelo direcionado a Organização das Nações Unidas (ONU):
“Alertamos para o perigo de a ocupação cometer massacres generalizados e horríveis na cidade de Rafah”.
O governo de Israel afirma que Rafah seria “o último reduto do Hamas em Gaza”; na verdade, é o último reduto dos palestinos em Gaza.
Hoje, segundo informações do próprio Hamas, vivem em Rafah cerca de 1,5 milhão de palestinos que teriam sido deslocados para lá fugindo dos bombardeios nas outras áreas.
O gabinete do primeiro-ministro genocida de Israel afirmou que seria “impossível” derrotar o Hamas sem que a cidade de Rafah seja ocupada. Mais uma desculpa para justificar o massacre covarde contra civis.





