Ante o genocídio na Faixa de Gaza perpetrado pelo Estado de “Israel”, um grupo de 12 associações de futebol do Oriente Médio pediu à FIFA e à UEFA que proíbam “Israel”. Os países incluem a própria Palestina, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Catar. A proposta foi feita pela Associação de Futebol da Jordânia, cujo líder é o meio-irmão do Rei Abdulla II, o Príncipe Ali. A carta, escrita pelo Príncipe Ali, pediu à FIFA que isolasse a associação de futebol de “Israel”.
“A crise humanitária exige uma resposta inequívoca e resoluta da comunidade global de futebol”, escreveu o Príncipe Ali, acrescentando que, “como membros vinculados pelos estatutos da FIFA, estamos unidos em nosso compromisso de defender todos os direitos humanos reconhecidos internacionalmente”.
Já a Associação de Futebol de “Israel” pediu a rejeição da proibição com base na ideia de separação do futebol e dos esportes da política. Niv Goldstein, dirigente da Associação Federal de “Israel”, afirmou: “estamos nos concentrando apenas em questões de futebol, e nosso sonho é nos qualificarmos para o Campeonato Europeu em 2024, e estou ansioso por paz mundial”. O interessante é que o banimento da Rússia, após o início da guerra contra a OTAN na Ucrânia, abriu precedente para o mesmo ser feito contra “Israel”.
Nem a UEFA e a FIFA, emitiram uma declaração oficial condenando ou sancionando “Israel”, como fizeram para a Rússia, tampouco suspenderam clubes israelenses e seleções nacionais de suas competições. Já os clubes e a seleção da Rússia foram banidos de competições internacionais e permaneceram impedidos de participar da Copa do Mundo da FIFA ou das competições da UEFA EURO. O secretário-geral da UEFA, Theodore Theodoridis, revelou que a organização não tinha intenções de proibir “Israel” de participar, mas mencionou que o conselho executivo tomaria uma decisão.
A Associação de Futebol da Palestina confirmou que o exército israelense matou 85 atletas palestinos, incluindo 55 jogadores de futebol e 30 indivíduos envolvidos em várias outras disciplinas esportivas, no período de 7 de outubro a 6 de dezembro. O relatório revelou que, entre os jogadores de futebol mortos, 18 eram crianças e 37 eram jovens, incluindo dois na Cisjordânia ocupada. Além disso, quatro jogadores ficaram feridos na Faixa de Gaza. Além disso, os ataques aéreos israelenses destruíram nove instalações esportivas, sendo quatro localizadas na Cisjordânia ocupada e cinco em Gaza.
O Estado de “Israel” já tem dificuldade de participar de competições internacionais de futebol por seus crimes anteriores. Nem os países da África, com a qual “Israel” tem fronteira, nem os da Ásia, onde está localizado o país, querem jogar com times ou com a seleção de “Israel”. Apenas os europeus, ou seja, os países imperialistas, aceitam “Israel” como um país legítimo no futebol.