Após os EUA bombardearem mais uma vez a capital do Iraque, Bagdá, assassinando um oficial do Cataebe Hesbolá, as forças armadas iraquianas se pronunciaram. Na quinta-feira (8), o porta-voz do exército afirmou:
“As forças norte-americanas repetidamente, de forma irresponsável, cometem tudo o que pode minar os entendimentos e o início do diálogo bilateral, visto que realizaram um assassinato claro através de uma operação militar. Lançaram um ataque aéreo no meio de um bairro residencial na capital, Bagdá, de uma maneira que não se preocupa com as vidas de civis e leis internacionais.
Assim, ameaça a paz civil, viola a soberania do Iraque, menospreza e coloca em risco as vidas de nosso povo, e o que é mais perigoso do que isso é que a coalizão internacional ultrapassa completamente as razões e propósitos para os quais foi criada em nosso território.
Este caminho pressiona o governo iraquiano, mais do que nunca, a encerrar a missão desta coalizão, que se tornou um fator de instabilidade para o Iraque, e ameaça arrastar o Iraque para o círculo do conflito. Nossas forças armadas não podem deixar de cumprir seus deveres constitucionais e tarefas que exigem preservar a segurança dos iraquianos e da terra do Iraque de todas as ameaças.
Compaixão e honra para os mártires deste ataque e para todos os mártires do Iraque.”
O Catabe Hesbolá é uma das organizações armadas formada para lutar contra o Estado Islâmico. Ela faz parte das Forças de Mobilização Popular, que são uma parte oficial das forças armadas iraquianas. Ou seja, o ataque dos EUA é um ataque direto a um setor do exército iraquiano, é na prática uma declaração de guerra. Essa foi a declaração mais enfática do exército desde o início do confronto com os EUA em outubro de 2023.




