Durante os últimos dias, o Oriente Médio tem sido palco de intensos confrontos. O Iraque e o Iêmen têm sido particularmente afetados, com o desdobramento de eventos que enfatizam a crescente resistência e a determinação em face da agressão imperialista.
No Iraque, durante o cortejo fúnebre dos mártires tombados na recente agressão norte-americana, o chefe das Forças de Mobilização Popular (PMF), Falih al-Fayyad, denunciou a violência, prometendo que o sacrifício dos mártires não será em vão. Ele enfatizou que a PMF não permitirá que o sangue de seus filhos se torne uma mercadoria política barata, destacando a necessidade urgente de limpar o Iraque de toda presença militar estrangeira. Além disso, o presidente da Aliança Nós Construímos, Hadi al-Amiri, pediu a retirada imediata das forças dos EUA, evidenciando uma crescente unidade entre as forças iraquianas contra a intervenção estrangeira.
Na última semana, o imperialismo dos EUA ampliou suas ações militares no Oriente Médio. Além de manter o apoio total ao genocídio na Faixa de Gaza, o governo Joe Biden bombardeou em mais de uma ocasião o Iêmen na noite de sexta-feira, último dia 2, bombardeou tanto a Síria quanto o Iraque. O imperialismo, assim, participa de quatro frontes ao mesmo tempo no Oriente Médio, todas elas interligadas e em todas elas ele é a força que está perdendo política e militarmente.
O Irã condenou os novos ataques dos EUA, dizendo ser um erro estratégico por parte do imperialismo. Segundo declaração do Ministério das Relações Exteriores do Irã, os ataques são uma “violação da soberania e da integridade territorial do Iraque e da Síria, do direito internacional e uma clara violação da Carta das Nações Unidas”.
No sábado, último dia 3, a Resistência Islâmica do Iraque anunciou ataque à base do exército norte-americano de Harir, em Erbil, no norte do Iraque.
Enquanto isso, no Iêmen, o Brigadeiro General Yahya Saree, porta-voz das Forças Armadas do país, denunciou os 48 ataques aéreos lançados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. Relatórios recentes confirmam os ataques aéreos norte-americanos e britânicos na capital do Iêmen, Sanaa, e em outras regiões, indicando um estado de guerra aberta.
Autoridades iemenitas enfatizam sua prontidão para responder a esses ataques e destacam suas capacidades militares para defender a soberania do país e apoiar a Palestina. Saree prometeu que esses ataques não ficarão sem resposta, ressaltando o compromisso do Iêmen com a solidariedade ao povo palestino. Os ataques aéreos intensificaram a tensão na região, com um aumento da atividade militar e uma resposta determinada por parte das forças iemenitas.
A resposta não se limitou apenas à retórica. No sábado, a Resistência Islâmica do Iraque anunciou um ataque à base do exército norte-americano em Erbil, no norte do Iraque. Este ataque, realizado com drones, foi uma resposta direta à ocupação contínua dos EUA no país e aos ataques incessantes contra Gaza perpetrados por “Israel”. A resistência, uma coalizão de grupos armados xiitas, incluindo o Hesbolá e os Ansar Alá, prometeu continuar atacando os redutos dos inimigos, enquanto o Irã condenou veementemente os ataques dos EUA, classificando-os como uma violação flagrante do direito internacional.
O Hamas também condenou a agressão dos EUA e do Reino Unido ao Iêmen, vendo-a como uma violação da soberania iemenita e uma escalada perigosa que poderia piorar a instabilidade regional. Eles responsabilizaram as nações imperialistas pelas consequências de suas ações. A Resistência também expressou gratidão pelo apoio do Iêmen à Palestina em meio ao conflito contínuo com “Israel”.
Além disso, a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica pediram uma ação decisiva contra a agressão dos EUA e instaram a medidas para encerrar os ataques sionistas a Gaza.
Esses eventos recentes destacam uma tendência crescente na região: o enfraquecimento do controle dos Estados Unidos sobre o Oriente Médio. A resistência iraquiana e iemenita, apoiada por aliados como o Irã, desafia a presença militar estrangeira e exige a autodeterminação e a soberania de seus países. A continuidade dos ataques norte-americanos e a resposta enérgica dos povos da região prometem um futuro de maior instabilidade e luta contra o imperialismo.