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HISTÓRIA DA PALESTINA

Em 1956, ‘Israel’ invadiu Faixa de Gaza pela primeira vez

A invasão ocorreu durante da Guerra de Suez. Durante ela, "Israel" perpetrou massacres na Cidade de Gaza, e em Khan Younis, tanto na cidade quanto no campo de refugiados

A conjuntura era a Guerra de Suez, quando tropas do Estado de “Israel”, do imperialismo britânico e do francês invadiram o Egito para obter controle territorial sobre o Canal de Suez, uma das principais rotas marítimas do mundo.

Durante a guerra de agressão imperialista, que durou de 29 de outubro a 7 de novembro de 1956, “Israel” aproveitou a oportunidade para fazer avanços territoriais contra o território palestino, especificamente a Faixa de Gaza, que à época fazia parte do Egito. 

Em que pese houvesse necessidade militar, tática e estratégica em se tomar Gaza, como uma ponte para a ofensiva que poderia resultar em um controle sobre o Canal de Suez, o fato é que “Israel” sempre teve como objetivo tornar aquela região parte do Estado supremacista judeu, conforme planejado pelos sionistas.

Para controlar o canal de Suez, era necessário a “Israel” (e ao imperialismo) obter o controle territorial do Sinai, península no extremo-oriente do território egípcio. Este controle era necessário, pois o canal banha a margem ocidental da península. Para esse objetivo, o plano das Forças Israelenses de Ocupação foi tomar a cidade de Rafá, localizada ao sul do território de Gaza. Atualmente, como a Faixa de Gaza não faz mais parte do território do Egito, a cidade é a fronteira entre este país e o enclave. Frisa-se ainda que a cidade é banhada pela costa do Mediterrâneo, sendo o Canal de Suez uma ligação entre este mar e o Mar Vermelho.

Rafá, então, tinha (e continua tendo uma) importância estratégica para ambos os objetivos de “Israel”: seria uma ponte para uma posterior ofensiva via terra e mar para a tomada de Suez e, ao mesmo tempo, tomaria para si a maior parte do território de Gaza.

À época da operação militar, o Chefe do Estado-Maior das Forças Israelenses de Ocupação era Moshe Dayan, que havia sido durante anos comandante da Haganá, a principal milícia fascista do sionismo. Por sua vez, quem liderou no campo foi o Coronel Benjamin Givli, no comando da 1ª Brigada de Infantaria, e o Coronel Haim Bar-Lev, comandando a 27ª Brigada de Blindados.

A ofensiva foi desatada na noite do dia 31 de outubro, quando sapadores e engenheiros das forças de ocupação se encarregaram de liberar os campos minados que circundavam Rafá. Como era de se esperar, “Israel” recebeu apoio do imperialismo, neste caso, dos franceses, que os auxiliaram através do mar. Navios franceses liderados pelo cruzador Georges Leygues centraram fogo nos egípcios. 

Na manhã do dia 1º de novembro, Rafá já estava praticamente tomada, isto é, isolada do restante do território egípcio. De forma que a maior parte de Gaza estava sobre o controle de “Israel”. Assim, as tropas sionistas desataram ataques seguidos contra as tropas egípcias e palestinas na Faixa de Gaza. No final do mesmo dia, um dos alvos foi a Cidade de Gaza (região central do enclave). Em uma ofensiva realizada por infantaria e tanques, estima-se que as forças de ocupação assassinaram cerca de 3.500 soldados da Guarda Nacional Egípcia, muitos dos quais eram palestinos.

Então, no dia 3 de novembro, ocorreu um dos massacres mais notórios da história de genocídio dos sionistas contra os palestinos: o massacre de Khan Younis, que se deu após as forças de ocupação capturarem a cidade e o campo de refugiados de mesmo nome. No ocorrido, as tropas de “Israel” assassinaram quase trezentos palestinos refugiados, os quais já tinham sido expulsos de suas casas quando da Nakba, oito anos antes. Releia a matéria publicada neste Diário:

O Massacre de Khan Younis de 1956

Foi a primeira vez que “Israel” invadiu a Faixa de Gaza, sem levar em consideração, é claro, o fato de que os sionistas foram os invasores que expulsaram os palestinos de suas terras em 1948.

Ao todo, até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma organização sob o comando do imperialismo, em especial o norte-americano, estima-se que o Estado sionista assassinou cerca de 500 civis durante a primeira invasão a Gaza, em 1956, durante a Guerra de Suez, número este provavelmente conservador.

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