De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde nessa terça-feira (30), o Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de dengue, levantando sérias preocupações entre as autoridades de saúde e a população em geral. Foram levantados dados de todos os Estados, e o aumento é especialmente alarmante em Brasília, Minas Gerais e Acre.
O ano de 2024 começou com uma forte escalada nos registros de dengue em várias regiões do País. Segundo o Ministério da Saúde, nas quatro primeiras semanas do ano, o Brasil já contabilizava um total de 217.841 casos prováveis da doença. Além disso, houve um aumento no número de mortes confirmadas e em investigação, sinalizando uma situação crítica que exige atenção imediata.
Um dos pontos mais alarmantes é a previsão de que o número total de casos de dengue em 2024 possa chegar a 1.960.460, com uma margem de variação que vai de 1.462.310 até 4.225.885 casos. Essa projeção, divulgada durante um encontro em Brasília entre representantes da Sala Nacional de Arboviroses, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ressalta a gravidade da situação e a necessidade de ações coordenadas para enfrentar o problema.
O aumento dos casos não se restringe apenas a uma região específica do País. A concentração de incidências, que quase duplicou em Brasília entre a terceira e a última semana de janeiro de 2024, é um reflexo da rápida propagação da doença. Outras regiões, como Minas Gerais e Acre, também enfrentam altos índices de infecção, evidenciando a abrangência do problema.
O estado de São Paulo enfrenta um aumento significativo nos casos de uma doença preocupante. De acordo com os últimos dados disponibilizados, São Paulo já registrou um total de 10.728 casos da doença somente neste mês de janeiro. Comparativamente, no mesmo período do ano anterior, em 2023, foram identificadas 3.299 infecções.
Em apenas sete dias (de 21 a 27 de janeiro), a capital do País passou de 554 infecções por 100 mil habitantes para uma taxa de 1.034,3, a mais alta do Brasil. As regiões que mais se aproximam são Minas Gerais, com uma incidência de 327,3 casos por 100 mil habitantes, e o Acre, com uma taxa de 312,2 na mesma proporção.