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Cisjordânia

‘Israel’ sequestrou mais de 6 mil palestinos desde outubro

São mais presos desde outubro do que antes da Operação Dilúvio de al-Aqsa, dos quais mais de 400 são crianças. É o maior número de prisões desde a Intifada de 1987

São mais presos desde outubro do que antes da operação. Desse total, mais de 400 são crianças. É o maior número de prisões desde a Intifada de 1987.

Desde o dia 7 de outubro de 2023 quando o Hamas lançou a operação Dilúvio de al-Aqsa o Estado de “Israel” iniciou uma campanha violentíssima na Cisjordânia. As mortes estão na casa das centenas; além disto, o número de presos já atingiu mais de 6.330. Os números foram divulgados pelo centro de Informação Palestino, em um relatório divulgado no domingo (28) realizado em conjunto pela Comissão de Assuntos de Detentos Palestinos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos (SPP).

O número de crianças palestinas detidas durante o período mencionado é de 400, e o relatório acrescentou que 30 dos jovens estavam em detenção administrativa. A detenção administrativa é uma política que permite às autoridades do regime sionista aprisionar palestinos indefinidamente sem apresentar acusações formais ou levá-los a julgamento. “O número de detentos administrativos nas prisões israelenses é o mais alto desde a Intifada de 1987, aumentando para 3.291 detentos administrativos até o final de dezembro passado”, disse a SPP.

Ou seja, o número de detentos administrativos, portanto, ultrapassou os prisioneiros cumprindo sentenças comuns ou aguardando julgamento. Segundo o Ministério da Saúde Palestino, até o momento 373 palestinos foram mortos pelas forças israelenses em toda Cisjordânia ocupada desde o início da agressão, com mais de 4.300 outros feridos. Além disso, a SPP disse que atualmente há 11 mulheres palestinas, de um total de 90 prisioneiras femininas na prisão de Damon, na parte norte de “Israel”, que estão detidas administrativamente sem acusação ou julgamento.

A organização acrescentou que “Israel” emitiu recentemente uma ordem de detenção administrativa de quatro meses contra a advogada e ativista de direitos humanos Diyala Ayesh depois que ela foi sequestrada pelas forças do regime em um posto de controle no norte da cidade de Belém, na Cisjordânia. A sociedade acrescentou que mais de 50 outras mulheres estão desaparecidas após terem sido sequestradas pelas forças israelenses recentemente em Gaza.

Os sequestros de milhares de palestinos na Cisjordânia é um dos motivos da própria operação lançada pela resistência palestina. Um dos objetivos do Hamas ao fazer prisioneiros israelenses era realizar um acordo de troca em que os milhares de palestinos seriam libertos. Em 2011, o Hamas conseguiu uma troca de 1 prisioneiro israelense para mil palestinos. Agora a proposta é de trocar um para cada cem. A extrema-direita israelense que está no governo, entretanto, não quer realizar esse tipo de acordo.

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