Uma liderança do Hamas, Osama Hamdan, em entrevista à emissora libanesa Al Mayadeen, elogiou a resistência palestina por seus esforços e pelo trabalho sério contra a ocupação israelense e o projeto imperialista para a região. De acordo com Hamdan, os Estados Unidos devem se preocupar seriamente com a possível entrada de novos grupos de resistência na região, que irão se somar na defesa da população em Gaza.
Sobre a operação em Al-Maghazi, no centro de Gaza, na qual 21 soldados israelenses foram mortos pela resistência palestina, a liderança do Hamas revelou uma falta de perspectiva de que a ocupação em curso leve a resultados favoráveis para os soldados de “Israel”. Segundo a Al Mayadeen, Hamdan afirma “que a teoria sobre a segurança israelense entrou em colapso, indicando que os militares de ocupação israelenses são incapazes de se proteger e estão fugindo do confronto”.
“Sentimos a dor do que está acontecendo ao nosso povo e não entregaremos o nosso povo aos israelenses para que tomem o controle de Gaza”, disse Hamdan.
O dirigente do Hamas também falou sobre a importância da resistência palestina que, em 2005, forçou a retirada dos militares israelenses da Faixa de Gaza, apontando que os grupos de resistência “não podem abandonar sua terra natal”. Para ele, “os Estados Unidos querem reestruturar a região de acordo com os seus interesses e estão conscientes de que a continuação da batalha irá desfazer qualquer frente na região que inclua ‘Israel’“.
A situação vai ficando cada vez mais difícil para o Estado genocida de “Israel”, apesar de continuarem a tentativa de extermínio em Gaza através de bombas e mísseis. Finalmente, adentra o território por terra não estão sendo simples como pensaram. A virada de jogo mostra claramente o acerto político do Hamas em colocar em marcha a Operação Dilúvio de Al-Aqsa em 7 de outubro de 2023.
Segundo o líder do Hesbolá, Hassan Nasralá, a Operação Dilúvio al-Aqsa “colocou ‘Israel’ no caminho de sua não existência”. Esse é, portanto, um segundo mérito da operação. Os deslocamentos e retiradas das tropas israelenses mostram que estão totalmente perdidos e que o apoio e a resistência aumentam a cada dia, veja, por exemplo, o caso do Iêmen: o Mar Vermelho está fechado para navios que vão para “Israel” e para embarcações ligadas ao imperialismo.
Outro ponto a ser considerado e que também mostra uma derrota da ocupação são as mobilizações pelo mundo todo em defesa dos palestinos. Em vários países, já foram convocados gigantescos atos que estão deixando claro que “Israel” está promovendo um verdadeiro genocídio na Faixa de Gaza contra o povo palestino.
Ao mesmo tempo, a situação interna do governo do primeiro-ministro Netanyahu é péssima. Tem crescido as manifestações de rua dentro do próprio Estado de “Israel” contra ele. No último sábado (20), por exemplo, milhares de pessoas tomaram as ruas de Telavive contra o primeiro-ministro. Os manifestantes pediam a antecipação das eleições e também o retorno dos prisioneiros que seguem na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro.
