No último domingo (21), Ron DeSantis, atual governador da Flórida pelo partido Republicano, anunciou a desistência de sua pré-candidatura para as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos. Seu anúncio foi feito por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter). Na ocasião, ele também declarou apoio ao ex-presidente Donald Trump, grande vencedor das primárias em Iowa no dia 15 de janeiro.
O anúncio de DeSantis foi feito poucos dias antes das primárias republicanas em New Hampshire, que estão marcadas para ocorrer nesta terça-feira (23). Os resultados da votação de Iowa, por sua vez, ajudam a explicar o motivo da desistência do governador: ele havia obtido apenas 21,2% do total dos votos, ficando em segundo lugar. Trump, por sua vez, teve 51% da votação, enquanto que Nikki Haley, em terceiro lugar, atingiu 19,1% do total.
No vídeo que publicou no X, DeSantis diz que sua campanha “fez tudo o que podia”, afirmando que eles não possuem “um caminho claro para a vitória”. “Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável – mais ações de campanha, mais entrevistas, eu faria”, afirmou.
Em relação a seu apoio a Trump, o governador disse que “ficou claro” que “a maioria dos eleitores republicanos nas primárias quer dar outra chance a Donald Trump”. “Assinei um compromisso de apoiar o candidato republicano e honrarei esse compromisso”, disse. DeSantis também afirmou que o ex-presidente Trump é “superior ao atual titular, Joe Biden”.
Frente ao anúncio de DeSantis, em um discurso feito também no domingo, Donald Trump afirmou que sua campanha “recebeu a notícia de que um dos nossos adversários, uma pessoa muito capaz, havia desistido”. “Ao fazer isso, nos apoiou”, disse Trump se referindo a DeSantis.
Mostrando a confiança que tem em sua popularidade neste momento, Trump também afirmou acreditar que “a maioria” dos votos de DeSantis, “ou certamente muitos deles”, irão para sua campanha, acrescentando que, independente disso, “não precisamos deles”.
Agora, a disputa nas primárias republicanas se dá entre Trump e Haley, ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU). A campanha do ex-presidente, inclusive, já partiu para a ofensiva, afirmando, por meio de um comunicado oficial, que: “Nikki Haley é a candidata dos globalistas e Democratas que farão o que for possível para parar o movimento America First”.
Ao que tudo indica, entretanto, Trump também ganhará de Haley de lavada. Segundo uma nova pesquisa da emissora norte-americana CNN, conduzida pela Universidade de New Hampshire (UNH), ele possui 50% de apoio entre os prováveis eleitores republicanos nas primárias de New Hampshire. Enquanto isso, Haley possui apenas 39%.
Na pesquisa, DeSantis ficou com apenas 6% e, como Trump mesmo disse, a maioria destes eleitores deve ir para seu lado na votação desta terça-feira. Tanto é que, segundo a CNN, quando levado em consideração qual é a segunda opção dos apoiadores do governador, o apoio de Haley aumentou somente dois pontos percentuais, enquanto que o de Trump subiu para 54%.
Haley, por sua vez, mostra estar sentindo a pressão do terrível resultado que ela pode obter na terça-feira. Na segunda (22), faltando pouco tempo para a votação, a ex-embaixadora fez campanha por todo o estado. Muitos afirmam que essa pode ser a última chance da campanha da republicana para superar o ex-presidente, já que, em toda a história, um candidato do partido Republicano que ganhou as primárias nos dois primeiros estados sempre foi o escolhido para concorrer nas eleições.
Trump, com mais confiança do que nunca, também foi ao estado fazer campanha entre os eleitores republicanos, chegando até a expulsar um homem que interrompeu seu discurso durante um comício no estado.
Ao que tudo indica, a vitória de Trump nas primárias já é quase certa. Os resultados da votação desta terça podem ser, de fato, a grande definição de quem concorrerá contra o candidato dos Democratas nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deste ano.
