Nessa segunda-feira (22), Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, iniciou uma nova turnê pelo continente africano. O representante norte-americano visitará quatro países na costa atlântica: Cabo Verde, Costa do Marfim, Nigéria e Angola.
Oficialmente, segundo o próprio Blinken, a viagem faz parte de um comprometimento dos Estados Unidos com relações mais profundas com a África:
“Nosso futuro está interligado, nossa prosperidade está interligada, e as vozes africanas estão cada vez mais moldando, animando e liderando a conversa global”, disse Blinken ao abrir as negociações em Cabo Verde. “Os Estados Unidos estão comprometidos em aprofundar, fortalecer e ampliar parcerias em toda a África”, acrescentou.
Na prática, entretanto, trata-se de uma preocupação do imperialismo acerca da crise que está se desenvolvendo no Sahel, onde ocorreram diversos golpes nacionalistas que enfraqueceram muito o domínio imperialista sobre a região.
Uma das grandes preocupações dos EUA, por exemplo, é uma de suas bases militares no Níger, onde ocorreu um golpe nacionalista em prol do povo nigerense.
Ainda na segunda-feira, Blinken foi para a Costa do Marfim, onde assistiu ao país enfrentar a Guiné Equatorial na Copa Africana das Nações.
Cabe ressaltar que, enquanto Blinken faz as suas viagens, Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), viaja por três outros países da África Ocidental: Guiné-Bissau, Serra Leoa e Libéria.
Ao que tudo indica, o imperialismo tenta não sofrer derrotas cada vez piores no continente africano, preparando-se, inclusive, militarmente para tal. O General James Hecker, comandante da Força Aérea dos EUA para a Europa e África, por exemplo, chegou a afirmar no final do ano passado que “vários locais” em outras partes da África Ocidental eram alvo de discussão para a viabilidade da instalação de uma nova base de drones.