Na última semana, o presidente Lula participou da cerimônia de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco. A iniciativa do governo prevê 17 bilhões de dólares em investimentos até 2028, mais que dobrando a capacidade de refino de petróleo e produção de óleo diesel no país, sendo até 8 bilhões de reais apenas na unidade pernambucana.
Os monopólios da imprensa capitalista, de maneira unânime, cuspiram fogo em direção ao governo Lula. Editoriais, colunas e artigos de fundo se multiplicaram após o evento, praguejando o investimento estatal num ramo fundamental da economia nacional.
A imprensa capitalista soltou mais uma vez sua ladainha demagógica em torno da corrupção das empresas estatais e de uma suposta falta de visão econômica na aposta do investimento em refinarias de petróleo. Na verdade, toda essa falação é uma farsa e esconde o objetivo real por trás de tais críticas. Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo etc., veículos que atuam como porta-vozes dos interesses do imperialismo dentro do país, são inimigos da indústria nacional e, por isso, não poderiam deixar passar a iniciativa de cunho nacionalista do governo Lula ― uma iniciativa modesta, é verdade, mas ainda assim nacionalista.
Uma das grandes tragédias de um país de capitalismo atrasado, de um país dominado pelo imperialismo, é a existência de instituições nacionais que não são verdadeiramente nacionais. São instituições estrangeiras fantasiadas de instituições nacionais. Os órgãos de imprensa que dominam a comunicação no Brasil atuam contra o país, em defesa dos interesses e aspirações dos monopólios capitalistas estrangeiros. O caso da Refinaria Abreu e Lima escancarou pela enésima vez essa situação.
A imprensa capitalista “nacional” se constitui num poderoso inimigo da classe operária e do povo pobre e oprimido. Um inimigo que precisa ser combatido, denunciado e destruído. À imprensa burguesa é preciso opor e desenvolver a imprensa operária, a mais importante e decisiva forma de combatê-la.