Na manhã dessa quinta-feira (18), o Ministério das Relações Exteriores paquistanês confirmou a realização de uma “operação de inteligência” contra bases de grupos armados na província Sistão-Baluchistão, no Irã. A operação consistiu no lançamento de um ataque militar e ocorreu pouco mais de 24 horas depois de um ataque de mísseis iraniano em Balochistão, no Paquistão.
Segundo a imprensa estatal iraniana, pelo menos nove pessoas foram mortas no ataque. O ministro das Relações Exteriores do Irã, com isso, convocou a diplomacia do Paquistão em Teerã para “oferecer explicações” sobre os ataques.
“Ao longo dos últimos anos, nos nossos compromissos com o Irã, o Paquistão tem partilhado consistentemente as suas sérias preocupações sobre os refúgios e santuários seguros desfrutados pelos terroristas de origem paquistanesa que se autodenominam ‘Sarmachars’ nos espaços não governados dentro do Irã. O Paquistão também partilhou vários dossiês com provas concretas da presença e das atividades destes terroristas”, disse o ministério paquistanês no seu comunicado.
Cabe ressaltar que o Ministério do Paquistão, em seu comunicado oficial, indica que a operação da quinta-feira não é uma retaliação à operação do Irã. “O Paquistão respeita plenamente a soberania e a integridade territorial da República Islâmica do Irã. O único objectivo do ato de hoje foi em prol da própria segurança e do interesse nacional do Paquistão, que é primordial e não pode ser comprometido”, diz a pasta.