Faixa de Gaza

‘Israel’ admite que levaria anos para desativar túneis do Hamas

Hamas surpreende "Israel" com alcance de suas defesas, com rede de túneis bem estabelecida que abrange praticamente toda a cidade de Gaza

A crescente derrota da ocupação israelense na Palestina, especialmente em sua tentativa contínua de invadir a Faixa de Gaza, revela que o Hamas estava mais bem preparado do que se estimava inicialmente pelo Estado sionista.

Em dezembro, as estimativas israelenses sobre o comprimento dos túneis do Hamas sob a Faixa de Gaza, ultrapassando os 400 quilômetros, se mostraram equivocadas, conforme relato do The New York Times. Autoridades e soldados israelenses, assim como ex e atuais oficiais americanos na região, ficaram surpreendidos com a extensão, profundidade e qualidade desses túneis, assim como com a sofisticada maquinaria utilizada pelo Hamas.

Segundo o relatório, os túneis agora se estendem entre 560 e 720 quilômetros, acessados por 5.700 poços diferentes, em uma Faixa de Gaza com apenas 40 quilômetros de extensão de norte a sul. Mesmo diante desses desafios, altos oficiais militares israelenses minimizaram a importância dos túneis em futuros confrontos, uma bravata que chega a ser cômica frente ao fracasso de “Israel” na guerra.

Considerados agora um “pesadelo subterrâneo” para o exército genocida, os túneis tornaram-se o foco central das estratégias em Gaza. Autoridades israelenses reconhecem a complexidade da missão, destacando a necessidade de mapear os túneis, realizar buscas por possíveis prisioneiros e não apenas danificá-los, mas torná-los irreparáveis. As tentativas recentes de inundação com água do mar, porém, mostraram-se inúteis.

Com mais de 100 dias de conflito, as forças de ocupação israelenses ainda não atingiram seus objetivos declarados. O Hamas, apoiado pelo povo palestino, continua exercendo controle sobre as estruturas civis restantes na Faixa de Gaza, desafiando as declarações de “Israel” sobre o “pós-guerra”. A organização permanece como uma força militar fortíssima, com estimativas de entre 30.000 e 45.000 membros nas Brigadas Al-Qassam.

Altos oficiais militares e de segurança dos EUA reiteraram que atacar os túneis da resistência palestina não é uma tarefa fácil ou viável, análise compartilhada por figuras importantes do exército israelense. Até o momento, as forças de ocupação admitiram não ter alcançado êxito em danificar efetivamente a infraestrutura dos túneis.

Independente de os relatos do New York Times serem verídicos ou não, fato é que, por detrás da dita “surpresa” de “Israel”, está uma admissão de fracasso em sua operação genocida em Gaza. O que o governo israelense quer dizer é “não conseguimos nossos objetivos porque os túneis do Hamas são maiores do que o esperado”, uma desculpa para justificar suas derrotas na guerra.

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