Nessa quarta-feira (17), Osama Hamdan, membro do Birô Político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), concedeu uma coletiva de imprensa em Beirute, capital do Líbano. Na ocasião, ele fez um apelo por uma pressão “urgente e séria” contra “Israel” e o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, para ajudar o povo da Faixa de Gaza.
“Instamos a Organização para a Cooperação Islâmica e a Liga Árabe a romperem rapidamente o cerco a Gaza e a compelirem a ocupação a permitir comboios oficiais e populares, juntamente com equipamentos médicos e de defesa civil, e ajuda humanitária para todas as áreas de Gaza”, afirmou.
Além disso, durante a conferência, ele forneceu alguns detalhes sobre as condições do acordo firmado entre o Hamas e “Israel” para permitir a entrada de medicamentos na Faixa de Gaza:
“A Cruz Vermelha apresentou um pedido para fornecer medicamentos aos prisioneiros israelenses em Gaza, e havia 140 tipos de medicamentos, então estabelecemos várias condições:
- Para cada caixa de medicamentos enviada aos prisioneiros israelenses, mil deveriam ser destinados ao nosso povo.
- Fornecer medicamentos através de um país em que confiamos.
- A Cruz Vermelha deveria distribuir medicamentos em quatro hospitais que cobrem todas as áreas da Faixa de Gaza, incluindo medicamentos para os prisioneiros israelenses.
- Introduzir mais ajuda e alimentos.
- Impedir a inspeção de envios de medicamentos pelo exército israelense.
- A França solicitou fornecer medicamentos, mas recusamos devido à nossa falta de confiança no governo francês, sua posição de apoio à ocupação israelense e sua postura em relação às aspirações de liberdade e retorno do nosso povo.
Fomos nós que pedimos aos nossos irmãos do Catar que nos fornecessem medicamentos porque confiávamos neles, e eles aceitaram agradecidos.”
Osama Hamdan também apelou à força de segurança da Autoridade Palestiniana “para apontar a sua arma para as forças de ocupação [israelenses]”.





