Em 16 de janeiro de 1905, foi publicada a primeira edição do clássico Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes, em dois volumes em Madri, na Espanha. O título completo da obra em espanhol é El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha (O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha). Ela é considerada uma das grandes obras-primas da literatura mundial e uma das primeiras novelas modernas.
A trama gira em torno de um cavaleiro chamado Dom Quixote, que enlouquece de tanto ler romances de cavalaria e decide se tornar um cavaleiro andante, saindo em busca de aventuras e justiça. A escrita de Cervantes é notável por sua complexidade e profundidade. Ele incorpora uma mistura de sátira, comédia e elementos trágicos na narrativa. O personagem de Dom Quixote tornou-se icônico e é muitas vezes visto como uma representação da luta entre idealismo e realidade.
O desenvolvimento de literatura pode ser ligado diretamente ao desenvolvimento econômico da Espanha naquele momento. Os Lusíadas, de Camões, teve sua primeira edição publicada em 1572, ela pode ser considera fruto da Revolução de Avis, em Portugal, que levou às grandes navegações e revolucionou também toda a cultura. A Espanha, por sua vez, não passou por um momento revolucionário como Portugal, mas estava, sim, em seu auge na época de Cervantes. Ela chegou a dominar até mesmo a Holanda e o Brasil. O desenvolvimento econômico do país pode ser ligado diretamente a sua ampla produção cultural, não somente na literatura.
O sucesso da primeira parte de Dom Quixote levou à publicação de uma segunda parte em 1615, ampliando e continuando a história do cavaleiro e de seu fiel escudeiro Sancho Pança. Cervantes explorou ainda mais as complexidades do personagem principal e sua relação com a sociedade à sua volta. Dom Quixote é uma obra que transcende as fronteiras da literatura espanhola e é considerada uma obra-prima da literatura mundial. Suas reflexões sobre a natureza da realidade, da ficção e da loucura continuam a ser estudadas e apreciadas até os dias de hoje.