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Imprensa burguesa

Globo demonstra que identitarismo é a política dos racistas

Matéria em O Globo, requenta identitarismo e coloca a culpa do racismo nas pessoas, mas a própria Globo trabalha pela desigualdade social

A educação falida

A matéria “Antirracismo começa em casa” assinada por Daniel Becker e publicada no O Globo, neste 14 de janeiro, chama a atenção, além de ser uma repetição enfadonha das ‘teses’ identitárias, espanta por ser veiculada em um jornal de uma organização que é inimiga do povo brasileiro, que auxilia para que a população continue na miséria, e que só recentemente, por motivos demagógicos, passou a dar destaque para pessoas negras em sua programação.

Neusa Borges, atriz que participou de inúmeras novelas na Globo disparou em um podcast, no final de 2023, sobre a ‘negritude’ dessa emissora: “Eu digo que é moda e só vou acreditar que as coisas estão mudando de verdade quando o salário for igual”.

Logo de início, o senhor Becker pergunta “Se você é branca ou branco, olhe em volta. Olhe onde estão as pessoas negras em sua vida? Quais são as suas profissões, seus status, sua condição econômica? Como elas são tratadas em shoppings e pela polícia?”. É curioso, pois a Rede Globo sempre dá um jeito de defender a polícia em sua grade de notícias. Sempre que um negro é morto se fala em ‘confronto’, em ‘passagens pela polícia’… os já conhecidos truques da imprensa burguesa.

Continuando sua ladainha, Becker diz: “Em um país de maioria negra, elas são as mais pobres, as que mais adoecem, as que vivem em piores condições, as que lotam presídios e são escassas em universidades e cargos de chefia. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil, muitos pela polícia.”.

Aceitando que os negros sejam os que mais adoecem, o que a Globo faz nesse sentido, exige mais políticas públicas, ou defende o teto de gastos? Se os negros são escassos nas universidades, é preciso lembra que a Globo também defende a privatização do ensino, o que só vai afastar mais e mais a população negra do ensino superior e, por consequência, dos cargos de chefia.

Racismo “estrutural”

Becker, para embasar suas repetições, recorre ao já malhado “Racismo estrutural” que, apesar de já estar estado mais na moda, nunca se demonstrou a tal ‘estrutura’. E, como de praxe, traz à baila alguma autoridade como no trecho seguinte: “E as crianças? Como dizia Mandela, ninguém nasce racista. Mas mesmo que você não seja preconceituoso, o racismo estrutural vai educar seus filhos”.

Outra mania dos identitários é colocar o nosso país como um dos piores do mundo, por isso a afirmação de que “o Brasil foi o último país das Américas a aderir à libertação das pessoas escravizadas. Sem opções de emprego ou educação, a população negra não podia sair da miséria”. Talvez devêssemos lembrar Daniel Becker que os Estados Unidos, berço do identitarismo, levaram 89 anos para abolirem a escravidão desde sua independência, e que as leis segregacionistas só deixaram de vigorar em 1964.

Mas, nosso detrator continua com suas acusações: “O racismo é determinante do comportamento e da visão de mundo do brasileiro. A cor da pele é associada a capacidades intelectuais e físicas. Vivemos numa sociedade cujas bases foram assentadas sobre o racismo, e isso nos torna todos parte dessa estrutura de intolerância”. Se existe uma tabela de classificação sobre sociedade assentada no racismo, seguramente não perdemos para o sionismo etc. As teorias de supremacia racial também não nasceram aqui, mas os identitários, que recorrem ao moralismo para dar suporte à sua ideologia, precisam que as pessoas se sintam culpadas.

A cura

Segundo Daniel Becker, é preciso educação e as pessoas deixarem de ser racistas – mais uma vez a culpa: “a educação é uma ferramenta poderosíssima contra todas essas violências e silenciamentos. E isso vale para a educação que a gente dá em casa também (…) precisamos de uma educação antirracista em todas as famílias”.

Como o senhor Becker acredita que se pode educar em um mundo mergulhado no neoliberalismo, que a Globo defende com unhas e dentes? Em vez de culpar as pessoas, deveria exigir ensino público e de qualidade para todas as pessoas. Mas, é claro, dificilmente as organizações da família Marinho dariam espaço para esse tipo de reivindicação.

Daniel Becker nos faz um apelo, diz que “é preciso agir. Procurar conviver com famílias negras e promover amizades de nossos filhos com suas crianças, para que entendam que todos os espaços podem e devem ser ocupados por todas as pessoas”. Bom, talvez ele viva na Zona Sul carioca, não o sabemos, mas se andasse pelas periferias das cidades, veria que estamos muito bem miscigenados, nossas crianças sofrem da falta de espaços públicos para ocupar e pegamos as mesmas conduções lotadas para irmos trabalhar… quando temos trabalho.

Para o autor do artigo, “a educação escolar é o alicerce pelo qual o antirracismo se torna coletivo”. Não é verdade. A discriminação se expressa na maneira como determinados indivíduos se inserem na economia. Aqueles que exercem funções subalternas serão discriminados.

É bonito dizer que “O antirracismo, como qualquer grande movimento, se constrói na coletividade. Ele é crucial para construirmos uma sociedade mais justa para todos”. Porém, no mundo real, a organização para a qual o senhor Becker está escrevendo é um dos principais obstáculos para que se acabe com a desigualdade no Brasil.

As organizações Globo apoiaram todos os golpes no Brasil, sabota nossa exploração de petróleo em favor de interesses internacionais. Ajuda que se drene para fora as riquezas do Brasil e aumente exponencialmente a miséria. Apoiou a precarização do trabalho, o que só tem jogado a população na miséria.

E é preciso dizer, a Globo é a favor que se reprima, que se ponha na cadeia, qualquer um que lute consequentemente pela educação, pois para isso é preciso ir às ruas enfrentar a direita imperialista e seu regime de fome e espoliação da classe trabalhadora.

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