Líbano

Hesbolá: Gaza completou 100 dias de resistência lendária

“Quando as capacidades de ‘Israel’ eram muito menores do que hoje, conseguiram derrotar 4 exércitos árabes em 6 dias, porém, nos últimos 100 dias, não conseguiram derrotar Gaza”

No domingo (14), Hassan Nasseralá o secretário-geral do Hesbolá, o Partido de Deus, o partido mais popular do Líbano, que está em guerra contra “Israel” desde o dia 8 de outubro, fez mais um discurso. Ele se pronunciou principalmente sobre a resistência tanto na Palestina, quanto no Líbano e no Iêmen. Também abordou a crise no regime sionista e a demonstração de fraqueza que o imperialismo norte-americano deu nas últimas semanas com suas ações no Oriente Médio. Este Diário separou alguns dos trechos mais importantes do discurso.

Nasseralá iniciou o discurso elogiando a resistência em Gaza: “cem dias se passaram, e Gaza resistiu e seu povo permaneceu firme de forma lendária, de uma forma que a história jamais testemunho. Sua imprensa teve um papel crucial para divulgar o seu heroísmo, contrastando com o sigilo israelense. ‘Israel’ não alcançou nenhum de seus objetivos declarados ou não declarados, conforme o consenso dos próprios israelenses. Está afundado em fracasso, em um buraco profundo, como confirmam seus analistas, sem conquistar qualquer vitória ou mesmo uma imagem de vitória.”

Ele então continua abordando as derrotas políticas e militares dos sionistas: “‘Israel anuncia a morte de combatentes da Resistência como se fosse um feito. Isso é natural, pois têm a vantagem militar. No entanto, é vergonhoso e constrangedor afirmar isso como um feito. As perdas da ocupação aumentam sua confusão, sendo a mais recente a descoberta de 4.000 pessoas incapacitadas em suas fileiras em cem dias, podendo chegar a 30.000. Quando a guerra terminar, o inimigo enfrentará uma catástrofe como resultado da resistência de Gaza e das frentes de resistência que a apoiam.”

O dirigente do Hesbolá afirma que “Israel” se enfraqueceu muito nos últimos 50 anos citando a “guerra dos seis dias (guerra de junho de 1967): “quando as capacidades de ‘Israel’ eram significativamente menos avançadas do que são hoje, conseguiram derrotar vários exércitos árabes em seis dias. Porém, nos últimos cem dias, não conseguiram derrotar Gaza. As perdas humanas da ocupação se acumulam nas frentes de Gaza, Cisjordânia e no Líbano, além das perdas econômicas e dos custos dos deslocados”.

Então ele comenta o caso do julgamento de “Israel” no Tribunal Internacional e Justiça: “a cena da entidade ocupante sendo acusada diante dos olhos do mundo, com evidências conclusivas, é sem precedentes e confunde a entidade ocupante. A entidade de ocupação adota a ‘hipocrisia moral’ perante o mundo, negando que está travando uma guerra genocida em Gaza. A entidade sionista nunca havia sido submetida a julgamento, agora seus crimes foram expostos ao mundo. A sessão de julgamento na justiça internacional para a entidade inimiga destaca a extensão de sua queda moral e a dos Estados Unidos da América. Os líderes inimigos enganam o mundo ao dizerem que ‘a luta em Gaza é a mais moral do mundo’”.

Sobre os acordos de troca de prisioneiros, ele comentou: “qualquer esperança de recuperar os prisioneiros mantidos pela resistência na Faixa de Gaza acabou, e a opinião pública na entidade dos que apoiam a guerra começou a decair devido à incapacidade a impotência do governo de Netanyahu. Os israelenses agora têm confiança de que seu governo é incompetente e precisa ser mudado, o que é uma admissão de fracasso. Se o caminho atual continuar nas frentes de Gaza, Cisjordânia, Líbano, Iêmen e Iraque, o governo inimigo aceitará as condições da resistência. A evidência da eficácia das frentes de resistência são as ameaças, intimidações e chantagens contra o Iraque, Líbano, Iêmen, Síria e Irã”.

Em relação aos bombardeios do imperialismo no Iêmen, ele afirmou: “a recente agressão contra o Iêmen representa tolice norte-americana e britânica, e uma contradição norte-americana. Enquanto os norte-americanos pedem para não expandir a guerra, eles a expandem. Se Biden e seus aliados pensam que, por meio da agressão ao Iêmen, podem impedir os iemenitas, estão equivocados… e a mentalidade arrogante os faz tolos. A agressão norte-americana levará ao contínuo direcionamento de navios israelenses e navios rumo à entidade ocupante.

Ele termina comentando sobre a resistência do próprio Hesbolá: “a Resistência Islâmica no Líbano disparou 62 mísseis, incluindo 40 Katyushas e 22 Kornet, a partir da nova distância na base de Meron. Dezoito mísseis Kornet da atingiram a base de Meron. Houve baixas humanas na base de Meron, mas a ocupação está ocultando suas perdas. Estamos sendo ameaçados por brigadas derrotadas em Gaza. Quando o exército israelense estava saudável e totalmente equipado, foi destruído diante de nossos resistentes na Guerra de julho [de 2006]. Quem deveria ter medo da guerra é ‘Israel’, seu povo e colonos, não o Líbano. Estamos prontos para a guerra há 99 dias e não tememos. Lutaremos sem limites e sem fronteiras.”

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.