Domingo Cultural
É preciso compreender o que é o sionismo para combatê-lo
Participe da atividade de hoje no CCBP no centro de São Paulo, com direito a debate sobre o sionismo, estreia de documentário e música ao vivo!
Hoje acontece mais um Domingo Cultural no Centro Cultural Benjamin Péret de São Paulo! Será mais um dia de defesa da Palestina, começando com o debate sobre “O que é sionismo e seu regime de terror sobre os palestinos”. Após uma pausa para o almoço, servido no próprio CCBP, a COTV estreia o seu novo documentário sobre o massacre de Sabra e Chatila, uma dos episódios mais violentes em toda a história do sionismo. O dia fecha com a apresentação da Banda Revolução permanente, formada por militantes do PCO! Será um evento imperdível e de grande importância para a organização da luta em defesa do povo da Palestina.
O PCO vem realizando debates especiais todos os meses sobre temas de primeira importância na luta política e sobre temas que a esquerda não debate e costume se posicionar de forma incorreta. Essas atividades começaram em agosto de 2023 quando no Níger os militares tomaram o poder expulsando os franceses do país e um grande setor da esquerda foi incapaz de entender que isso se tratava de um movimento progressista, de certa forma até revolucionário. A dominação francesa na África estava desmoronando e um grande setor da esquerda não conseguiu compreender ou analisar de forma apropriada esses eventos.
Com o início da guerra entre “Israel” e a Palestina no dia 7 de outubro, os temas do debate foram todos relacionados à Palestina. O Partido realizou um amplo debate, e inclusive no mês de dezembro fez um curso completo de 12h de duração sobre a Questão Palestina. Agora, uma nova faceta desse assunto será debatida: o próprio movimento sionista. O dirigente nacional do PCO, Henrique Simonard, fez uma declaração ao DCO sobre a atividade:
“Primeiro, é uma atividade que fazemos todos os meses, em vários estados do país, do sul ao nordeste, ao norte. Segundo, é importante para discutirmos temas que não são tão bem compreendidos por boa parte da esquerda. Vamos discutir amanhã o tema do sionismo, um tema essencial para se entender a questão palestina. É colocado pela direita que seria um confronto de dois povos por milênios. Mas não é assim. Trata-se de uma disputa entre um movimento de ideologia fascista, colonial europeia, e uma população local que sofre há mais de cem anos, que está sendo exterminada. O que os palestinos fazem é uma luta heroica pela sobrevivência, chega a ser emocionante. Entender o sionismo é equivalente a estudar a Alemanha fascista durante a própria década de 1930 e 1940, ou seja, é muito importante para a luta revolucionária atual.”
Além de Henrique Simonard, também participarão do debate a dirigente nacional do PCO, Natália Pimenta, e um representante do campo árabe progressista, Reda Souedi. São décadas de militância somadas em defesa da Palestina que trarão um debate muito enriquecedor. Além disso, todos os presentes podem se pronunciar, colocar suas questões e comentários. Não é um debate acadêmico, mas sim um debate voltado par a luta política, que tem como objetivo fortalecer a luta contra o sionismo nas ruas.
O documentário sobre Sabra e Chatila também é muito importante pelas mesmas características, foi produzido por uma imprensa operária, militante. Não é um documentário para gerar pena naqueles que o assistirem, mas sim uma arma de mobilização, como parte da luta pela destruição do Estado genocida de “Israel”. O massacre, muito pouco conhecido no Brasil, é uma das maiores monstruosidades cometidas pelo sionismo, tão grande que chegou a gerar crise dentro da própria população israelense. É também a representação do governo do Likud, que até hoje governa o Estado de “Israel”.
O que “Israel” fez no Líbano na década de 1980 seria o prenúncio do que seria feito na Faixa de Gaza em todo o século XXI. O documentário nesse sentido é importante, pois demonstra que o sionismo é uma força fascista onde quer que atue e não apenas contra os palestinos. Está aí o motivo para a relação direta entre o bolsonarismo e o próprio sionismo.
Por fim, mas não menos importante, a apresentação da banda Revolução Permanente. Os antigos partidos operários, do início do século XX, compreendiam bem a importância de se manter uma atividade política geral, não apenas nos sindicatos e mobilização de rua, mas em toda sociedade. Assim organizavam diversos eventos e frentes de artes e até mesmo de esportes. A Banda Revolução permanente é uma precursora nesse sentido, uma banda da militância onde a arte se mistura com a propaganda revolucionária, mas de forma natural, autentica.
O evento, portanto, será imperdível. Se o leitor estiver próximo de São Paulo, pode se dirigir à rua Conselheiro Crispiniano, 73 – próximo ao metro Anhangabaú – e participar do Domingo Cultural. E quanto mais pessoas se fizerem presentes, mais sairá fortalecida a luta contra o sionismo, em defesa da Palestina e de todos os oprimidos do mundo. Participe do Domingo Cultural!