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Editorial

O Iêmen mostrou ao mundo o que é dignidade

Ansar Alá cumpre sem pestanejar com seus princípios, e defende a Palestina com tudo o que tem. A diferença da dignidade para a desmoralização

Retratado pela imprensa imperialista como um “grupo de rebeldes”, o governo do Ansar Alá (também conhecido como Hutis), do Iêmen, demonstra ser o maior defensor da Palestina em todo o mundo. Sem hesitar, o governo iemenita declarou guerra ao Estado sionista de “Israel”. Fora o Irã, que atua por debaixo dos panos, embora todos saibam que está lá, o Iêmen é o único país que pode ser considerado como aliado de fato do povo palestino.

Enquanto o Ansar Alá adota medidas concretas de solidariedade, no nível mais intenso e necessário, os demais Estados árabes assistem passivamente ao desenrolar da situação. Simultaneamente, o “mundo democrático” imperialista apoia enfaticamente o genocídio em curso na Palestina, ou ignora a sua existência. Por todo o planeta, são raros os países que adotam até mesmo ações menores sobre a Palestina, como a Rússia e a África do Sul.

Ao contrário da tendência mundial, frente à ofensiva imperialista, o Ansar Alá se lançou de cabeça na defesa do povo palestino, declarando guerra à entidade sionista. Agora, diante do início de uma guerra contra o núcleo imperialista, o Iêmen mantém a cabeça erguida e coloca sem hesitar que está pronto para uma guerra contra todos os que se puserem ao lado do massacre do povo palestino.

A política do Iêmen é a política correta, pode-se até dizer democrática para a situação. Um genocídio em curso deve ser parado por todo meio que se tiver ao alcance. Mesmo com a Arábia Saudita barrando seu caminho, sem fronteira com o Estado sionista, o Ansar Alá e o povo do Iêmen fazem todo o possível para barrar a matança imperialista.

O Iêmen representa a dignidade daqueles que lutam. Um contraste total não só com os governos do mundo, mas também com uma série de setores da esquerda nacional que ignoram os suplícios dos mártires palestinos em Gaza, em primeiro lugar, e na Cisjordânia. Uma desmoralização total. A esquerda, para permanecer minimamente coerente com seus princípios, precisa se somar a este esforço de guerra. Na prática, é a mesma a guerra da classe operária, só que dirigida pelas organizações armadas palestinas, pelo Iêmen e pelo Irã, contra o setor mais poderoso da burguesia, o centro do imperialismo.

A guerra travada pelo Hamas, pelo Iêmen e tantos outros é a luta da classe operária internacional. O único resultado aceito deve ser a vitória, e nenhum esforço pode ser poupado para atingi-la. Todo apoio ao Ansar Alá! Todo apoio à luta do povo palestino!

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