Na segunda-feira (8), o comandante das forças especiais do Hesbolá, Uissam al-Tauil, foi assassinado pelo Estado de “Israel”. Seu velório foi um enorme ato político no sul do Líbano. Uissam era um importante dirigente popular, além de ser um comandante militar. Um tipo de figura comum no Oriente Médio, tal qual o general Suleimani, assassinado pelos EUA no ano de 2020. O Hesbolá publicou uma pequena biografia de sua vida como militante.
Em 1985, Uissam Hassan Tauil ingressou no Hesbolá e passou por um amplo treinamento militar. Entre 1992-2000, ele se tornou um combatente ativo entre as fileiras da resistência, participando de todas as operações de combate e reconhecimento contra a ocupação sionista do sul do Líbano. Sua região de ação era Iqlim al-Tuffah, depois de 1996 se tornou o vice-líder do eixo Iqlim al-Tuffah. Ao longo de seus anos na Resistência, ele sofreu ferimentos graves, especialmente em 1999 durante a operação Sujud.
Ele participou de muitas operações da Resistência Islâmica antes da libertação do sul do Líbano e do oeste de Beca em 2000. Após a libertação, ele participou de operações de alto nível contra as posições inimigas israelenses nas fazendas ocupadas de Sheba. Ele se destacou em operações de reconhecimento e coleta de informações, supervisionado pelo histórico comandante do Hesbolá, mártir Imad Moughniyeh.
Tawil participou das fases de planejamento e reconhecimento de operações da Resistência para capturar soldados israelenses em territórios libaneses ocupados perto da fronteira com “Israel”, especialmente a operação Shebaa em 2000, al-Ghajar em 2005 e Kallet Warde (Ayta al-Shaab) em julho de 2006 (Operação Promessa Verdadeira). Após “Israel” invadir o Líbano em julho de 2006, eler desempenhou um papel fundamental na resistência, levando à vitória histórica em agosto.
Após a guerra, o Hesbolá passou por mudanças estruturais profundas como parte das lições que adquiriu em campo de batalha. Tauil foi uma das figuras principais para materializar esse plano entre 2006 e 2011. Quando a guerra na Síria começou em 2011, ele esteve na vanguarda dos combatentes que se uniram contra as organizações financiadas pelo imperialismo. Além disso, uma de suas contribuições mais cruciais foi transferir a experiência do Hesbolá para a Resistência Palestina e participar da libertação do Iraque da ocupação do Estado Islâmico, apoiado pelos EUA.
Os sionistas então, como uma verdadeira organização fascista, assassinaram um militante histórico da luta anti-imperialista não só no Líbano, mas também na Palestina, na Síria e no Iraque. Ele será eternamente lembrado na luta daqueles que continuam de pé.