A Polícia Militar do Rio de Janeiro está realizando operações da favela do Jacarezinho desde a madrugada do dia 1º de janeiro. A favela está ocupada militarmente pelo Cidade Integrada desde janeiro de 2022 e, portanto, possuiu uma das maiores concentrações de violência policial da cidade do Rio de Janeiro. Em 2021, a polícia militar e a polícia civil invadiram o Jacarezinho, realizando uma das maiores chacinas da história.
Na manhã dessa quinta-feira (4), durante a invasão da polícia, um homem foi baleado. A polícia o acusou de ter participado em “ataques as equipes” e ter apreendido drogas e uma pistola. No entanto, não é possível acreditar na versão da PM, a mesma corporação que comete assassinatos a sangue-frio todos os dias. O homem foi socorrido e encaminhado em uma viatura da PM para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, ainda na Zona Norte do Rio. Durante o translado, diversos mototaxistas acompanharam o veículo.
Uma moradora afirmou nas redes sociais: “acordei com esses tiros. Misericórdia. Jacarezinho não está tendo um dia de paz, senhor”. Outra comentou: “os tiros são desde a véspera do Ano Novo. Jacarezinho não aguenta mais”.
O caso do Jacarezinho é uma demonstração prática de que é necessário o fim da polícia. O bairro é constantemente massacrado pelo aparato de repressão do Estado. Enquanto isso, sua população vive na miséria absoluta, isso em uma das cidades mais ricas da América Latina. A polícia mostra o seu propósito: aterrorizar a classe operária miserável que tende a se revoltar contra a sua realidade.