Nessa terça-feira (2), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) anunciou que Saleh al-Arouri, vice-chefe do birô político da organização palestina, foi assassinado em um bombardeio do Estado nazista de “Israel” em Beirute, capital do Líbano.
De acordo com informações de um correspondente da Sputnik no Líbano, a explosão foi feita por um drone israelense. O ataque, feito no subúrbio de Daniyeh, no sul da capital libanesa, resultou no assassinato de, até o momento, seis pessoas.
Al-Arouri foi um dos fundadores do braço armado do grupo palestino, as Brigadas al-Qassam. Ele nasceu em Ramala, na Cisjordânia ocupada, em 1966, e vivia há muito tempo no exílio no Líbano, após passar 15 anos na prisão sionista.
Em 2015, o governo dos EUA designou Al-Arouri como “terrorista global” e ofereceu uma recompensa de cinco milhões de dólares por informações sobre ele. Nas últimas semanas, atuou como porta-voz do Hamas e de sua estratégia na guerra em Gaza.
Segundo Marwan Bishara, analista político sênior da emissora catarense Al Jazeera, “esta é certamente uma escalada. E o fato de ter acontecido em Beirute, no seu próprio reduto em Adahieh, é uma escalada ainda maior. Esta é uma escalada em Beirute, uma escalada no Hesbolá, uma escalada no Hamas, uma escalada numa nova frente”. “Acho que isso será retribuído”, afirmou.