palestina está em seu terceiro mês e, apesar das mais de vinte mil baixas provocadas pelas forças de ocupação sionistas, o regime de “Israel” não obteve nenhuma vitória militar expressiva. O sionismo entrou em um terreno de areia movediça. Quanto mais se esforça para sair, mais afunda.
No atual momento, o governo de “Israel” e sua propaganda afirmam que estão envolvidas em sete frentes de combate, buscando captar maior apoio financeiro dos países imperialistas, mas escancara que a realidade é muito ruim para os ocupantes da Palestina. Neste ponto de vista, a guerra de Gaza, onde os sionistas afirmaram que acabariam com o Hamas e terraplanariam a Faixa de Gaza em questão de dias é uma derrota militar e sinal de fraqueza não só de “Israel”, mas de todo o imperialismo. Além de Gaza, há outras seis frentes na guerra: Irã, Iêmen, Síria, Líbano, Iraque e Cisjordânia.
Iêmen
No país peninsular, os combatentes das forças hutis interceptaram navios que levavam armamentos e demais equipamentos para as forças israelenses, garantindo que nenhum navio de tal intenção passará pelo Golfo de Aden. Os norte-americanos criaram uma frota para escoltar os navios que passarem pelo golfo e os iemenitas garantiram, por sua vez, que se os imperialistas continuarem atacando e se envolvendo, os navios norte-americanos que ousarem passar por lá serão atacados e, se for necessário, afundados.
Líbano
No Líbano, o Hesbolá vem fustigando as tropas israelenses com o objetivo de segurar uma parte do exército sionista no norte, tirando-os de Gaza e facilitando a vida da resistência na Faixa de Gaza. Nasseralá, líder do partido libanês, está desempenhando um papel ativo na propagação e mobilização da importância de defender a causa palestina dentre os libaneses e os árabes em geral. A situação por lá está ficando tão dramática para os israelenses, que os comandantes das forças armadas sionistas estão falando em invadir o Líbano por terra, o que configuraria um problema ainda maior.
É fundamental compreender o contexto, pois o Hesbolá segura as tropas israelenses no norte do Estado de “Israel”, que faz fronteira com o sul do Líbano, e ainda não se envolve inteiramente no combate direto – apesar de já ter mobilizado todas as suas tropas e tê-las deixado de prontidão. O partido que controla o sul do Líbano, no entanto, já alegou ter “túneis” e estratégias de guerrilha no mínimo mais avançadas que o Hamas, que resiste heroicamente em Gaza, além de ter sido o grupo que em 2000, no Líbano, expulsou as tropas sionistas e imperialistas de seu país.
Iraque, Síria e Cisjordânia
Tendo menor envolvimento direto, no Iraque a guerrilha xiita iraquiana tem atacado sistematicamente as bases norte-americanas. Enquanto isso, na Síria, o governo já começou a interceptar mísseis israelenses oficialmente, tendo direcionado alguns ataques contra o norte de “Israel” em retaliação aos bombardeios sionistas em Damasco, capital do país, saindo da inércia e começando a se mexer. De forma geral, há o esboço de um enfrentamento militar direto que vá além dos bombardeios e sistemas de defesa aéreos, mas, independente de como escale a situação, já representa o desgaste de equipamentos sionistas.
Na Cisjordânia, desde o começo do conflito, o exército israelense tem reprimido duramente a população, mas as últimas notícias de lá são que resposta do Eixo de Resistência, também na Cisjordânia contra os soldados de “Israel”, está sendo massiva. É válido lembrar que o Eixo de Resistência, por sua vez, é composto principalmente pelo Hamas, pela Jihad Islâmica, pela FPLP (Frente Popular pela Libertação da Palestina) e FDLP (Frente Democrática pela Libertação da Palestina). O que há é, gradativamente, o exército de “Israel” sendo cercado, como se fossem peças movidas coordenadamente em um jogo de xadrez.