No final do ano de 2022, em 29 de dezembro, o mundo perdia o seu Rei do Futebol: Edson Arantes do Nascimento, simplesmente Pelé, o maior embaixador da cultura brasileira no exterior, um dos homens mais conhecidos da Terra. Ele nos deixou por problemas de saúde, mas seu legado e toda sua história permanecerão gravados na história humana.
Apesar de ser um orgulho para o povo brasileiro, e de toda genialidade demonstrada pelo maior atleta do século, seu legado fora atacado pela burguesia mundial, ataques estes reproduzidos vergonhosamente pela burguesia nativa e por alguns brasileiros que embarcaram nas análises falso-moralistas sobre sua vida pessoal e posições políticas. A crítica a Pelé, na verdade, era um projeto para desmoralizar todo o povo brasileiro, o qual é vítima dos exploradores em todos os setores da sociedade capitalista.
No mês em que Pelé estava em estado grave de saúde, em São Paulo, diversos ataques foram feitos para abalar sua genialidade e popularidade mundial. Mas não foram suficientes para as centenas de homenagens feitas pelo mundo, até de órgãos da burguesia imperialista que não conseguiram rebaixar o que o Brasil produziu de mais fino no campo da arte, da técnica, da garra e do compromisso que Pelé em sua história demonstrou no âmbito do futebol.
Diversas homenagens foram feitas ao nosso Rei na Copa do Catar. Assim como o Rei, a Palestina, hoje alvo de um massacre genocida do Estado de “Israel” e de seus aliados imperialistas, também fora apoiada e reverenciada pela organização do mundial e pelos torcedores.
Em matéria publicado por esse Diário em dezembro de 2022, foi registrado que:
“No dia 08 de dezembro, em Doha, nosso craque recebe homenagem nos arranha-céus no país que sediou a copa do mundo de 2022, prédios iluminadíssimos que ilustram o nosso maior jogador escrito “we love you” – nós te amamos”.
Sobre a Palestina, foram diversas bandeiras, gestos e apoio dos torcedores e jogadores à luta dos palestinos, os quais têm o apoio do Catar nessa luta secular. Por isto a anfitriã da Copa fora tão criticada pelos mesmos hipócritas e moralistas de plantão que atacam Pelé. Sempre na mesma linha de rebaixar para que eles, os imperialistas e inimigos da humanidade, dominem direta e indiretamente nossas riquezas.
A grandiosidade de Pelé foi maior do que os julgamentos vergonhosos da burguesia brasileira e internacional. Ele é um dos maiores brasileiros do século, melhor atleta do século XX, o homem que provou que o negro, os povos oprimidos (como os da Palestina, dos países africanos e sul-americanos) e o próprio brasileiro (tão rebaixado por quem quer nos ver de cabeça baixa) não são inferiores a ninguém, podem lutar e mostrar o que tem de melhor.
Qualquer julgamento moralista sobre a vida de Pelé, que apesar de sua genialidade na arte do futebol foi um ser humano passível de erros como qualquer outro, é má fé, ignorância, um ataque à nação brasileira e à própria arte.
Segundo a conclusão da matéria do Diário Causa Operária em 2022,
“Aos moralistas de plantão, éticos e religiosos, só podemos educar: não se julga uma obra de arte pelo comportamento moral do artista, assim como não devemos rebaixar um jogador que fez história por questões pessoais. Se trata apenas de um ataque a cultura nacional, nada mais. Os críticos das atitudes supostamente cometidas pelo Pelé, não é nada comparado com as barbaridades que a imprensa corporativa defende ao redor do mundo. Devemos proteger a imagem do nosso histórico jogador, combater às narrativas pequeno-burguesas e defender o futebol nacional”.
Viva o legado de Pelé, o Rei negro de todos os povos oprimidos!
Palestinos reconhecem a importância de Pelé para os oprimidos