Adepto do jornalismo marrom, o blog pseudoesquerdista Diário do Centro do Mundo (DCM) publicou mais uma “invencionice” contra o Partido da Causa Operária (PCO).
Depois de acusar o partido – sim, o Partido, pessoa jurídica, e não esta ou aquela pessoa – de roubar celulares e mergulhar nas campanhas de acusação de corrupção à la Rede Globo (pedindo a ação da polícia contra o partido), o DCM decidiu afundar mais uma vez toda a cabeça na lama para divulgar uma matéria ridícula e grotesca contra o PCO.
Publicada na última sexta (22) e intitulada ‘Feminista e fã do PCO’: minha história com Amanda Partata, suspeita de envenenar o ex-sogro e a mãe dele, a matéria se propõe a contar a experiência do autor do artigo com a suspeita de envenenar familiares.
O objetivo da matéria é um só: estabelecer uma ligação entre a suspeita e o PCO. O corpo do texto é de uma pobreza de informações sem tamanho. Lendo a matéria até o fim, a única conclusão que se pode tirar é que o autor manteve uma relação absolutamente incidental com a acusada, limitando-se a algumas trocas de mensagens com ela e nada mais.
Independentemente disso, o ponto central do artigo é a referência ao PCO. Diz o autor:
“Sim, Amanda me convidou a entrar no PCO. Conforme trechos de conversas: ‘Você é filiado? A algum partido. Já viu o PCO? Quem faz [a análise de conjuntura] é o [Luis Carlos] Valois. Meu ídolo. Seria bom, não?’, questionou”.
Sim, isso é tudo o que o autor revela sobre a relação entre Amanda Partata e o PCO.
O artigo do DCM mostra que Amanda Partata era tão fã do PCO, mas tão fã, que o seu “ídolo” era alguém que não fazia nem parte dos quadros oficiais do Partido. O juiz Luis Carlos Valois, um juiz bastante conhecido por suas posições “garantistas” e democráticas, foi durante um tempo colunista deste Diário, mas nunca fez parte do quadro dirigente e de militantes do PCO.
Ademais, é de conhecimento até do mundo mineral, como diria Nelson Rodrigues, que as análises de conjuntura do PCO são, na maioria das vezes, conduzidas pelo presidente do partido, Rui Costa Pimenta. Baseando-se nas informações do artigo do DCM, pode-se concluir que a “fã do PCO” conhecia bem pouco o PCO.
Mas, a título de argumentação, é importante analisar a questão de maneira mais abrangente. E se Amanda Partata fosse de fato uma “fã do PCO”, acompanhasse as análises de conjuntura de Rui Costa Pimenta e tivesse realmente vínculos efetivos com o PCO? O que isso diria sobre o PCO? A resposta é: absolutamente nada. O que o PCO, uma entidade coletiva com mais de 40 anos de história de luta política em defesa dos trabalhadores, teria a ver com o suposto crime cometido por uma suposta simpatizante contra seu sogro e a mãe dele? Absolutamente nada. E o que vale para o PCO, vale para qualquer outro partido ou entidade coletiva.
Colocando o problema nesses termos, a manobra do DCM fica clara: quer ligar o PCO a fatos de ordem criminosa. Quer sugerir que, ou militantes ou simpatizantes do PCO são criminosos, ou que o PCO teria organizado ou estimulado crimes. O DCM se vale dos recursos de quintas-colunas dentro do movimento de esquerda, querem jogar a polícia contra as organizações de luta do povo.
O DCM ataca o PCO no momento em que o partido leva adiante uma campanha sem paralelo dentro da esquerda em defesa da luta dos palestinos contra o fascismo sionista; no momento em que os bolsonaristas processam dirigentes partidários por essa campanha; no momento em que o Poder Judiciário, dominado pela direita, tenta estrangular a atividade partidária pró-Palestina. O DCM se coloca como uma força auxiliar dessas tendências verdadeiramente reacionárias dentro do País.
Há muito, o DCO abraçou de vez o jornalismo de esgoto típico da burguesia decadente. Ao invés da discussão política e da troca de ideias, tudo o que fazem é inventar acusações criminais para atiçar a polícia e a repressão estatal contra o PCO. Algo idêntico ao que os monopólios da imprensa capitalista fizeram contra o PT, Lula e Dilma Rousseff em tempos recentes. Utilizam os métodos dos inimigos dos oprimidos, porque já pertencem definitivamente ao campo dos inimigos dos oprimidos.