Há 130 anos, em 26 de dezembro de 1893, nasceu na cidade de Shaoshan, na província de Hunan, sul da China, o líder revolucionário chinês Mao Tsé-Tung.
Durante a infância de Mao, a China estava sob o regime monárquico da dinastia Qing, abalado por eventos como as guerras do ópio, a rebelião camponesa dos Taiping e a Guerra dos Boxers no século XIX. Nascido em uma família camponesa, Mao estudou até os 13 anos, quando abandonou a escola para trabalhar na lavoura. Sua jornada rumo à consciência política foi impulsionada pelo acesso à leitura e escrita, à literatura clássica chinesa e à literatura política e científica ocidentais.
Em 1911, Mao ingressou no Exército Revolucionário durante a Primeira Revolução Chinesa, que derrubou a monarquia e estabeleceu a República da China. Sua adesão ao marxismo coincidiu com seu envolvimento no Movimento Quatro de Maio contra a influência japonesa. Em 1921, aos 28 anos, participou da fundação do Partido Comunista Chinês.
Após a derrota na Segunda Revolução Chinesa em 1927, Mao destacou-se na organização do Partido Comunista e na guerra civil contra o Kuomintang (KMT). A Longa Marcha na década de 1930, liderada por Mao, foi um episódio marcante, onde cerca de dez mil dos cem mil participantes conseguiram completar a jornada.
Durante a invasão japonesa nos anos 1930, Mao propôs a Frente Única Anti-japonesa com o KMT, visando unificar as forças contra o invasor sem dissolver o Partido Comunista. Após a expulsão dos japoneses em 1945, recomeçou a guerra civil, culminando em 1949 com a proclamação da República Popular da China sob a liderança de Mao.
Mao estabeleceu um governo centralizado, unificando o território chinês, algo não visto desde a ocupação britânica. De 1949 até sua morte em 1976, Mao foi o principal líder chinês. Na década de 1960, liderou a Revolução Cultural, uma espécie de revolução dentro da revolução destinada a combater o burocratismo e o revisionismo, dando espaço à juventude no Partido Comunista Chinês.