Na sexta-feira (22), na final do Mundial de Clubes da Fifa, o inglês Manchester City venceu o brasileiro Fluminense por 4 a 0 no estádio do rei Adbula, na Arábia Saudita. O Fluminense, sob o comando de Fernando Diniz, fez uma bela campanha na Libertadores conquistando o título, depois venceu o Al-Ahly do Egito e chegou à final do campeonato mundial.
É impossível negar o peso do fator econômico sob a disputa. O Fluminense tem um valor de mercado estimado em R$574 milhões, já o valor do City é estimado em R$7 bilhões.
Aqui também é preciso lembrar da Lei Bosman, de 1995, que permitiu o aumento do número de estrangeiros nos clubes europeus. Antes da criação da lei, o resultado das disputas do Mundial era de 20 vitórias para a América do Sul e 13 para a Europa. Depois da lei, o jogo inverteu, são seis para a América do Sul e 23 para a Europa.
É possível, ainda, fazer uma análise por décadas: em 1960, América do Sul 6 – Europa 4; 1970, América do Sul 4 – Europa 4; 1980, América do Sul 7 – Europa 3; 1990, América do Sul 3 – Europa 7; 2000, América do Sul 3 – Europa 7; 2010, América do Sul 1 – Europa 9; 2020, América do Sul 0 – Europa 3.
A virada se deu na década de 1990 e a situação da América do Sul ficou cada vez pior com o passar do tempo.