Na última segunda-feira (18), camponeses que moram nas terras do antigo Engenho de Barro Branco, antes exploradas pela falida usina Frei Caneca, em Pernambuco, expulsaram o latifundiário Guilherme Maranhão de seu território.
Maranhão foi até a região acompanhado de oito carros luxuosos. Ele e seus acompanhantes foram surpreendidos por rojões. Os camponeses também trouxeram uma faixa onde estava escrito “FORA GUILHERME MARANHÃO! DESTRUIDOR DA NATUREZA E DE VIDAS CAMPONESAS”. Além disso, eles ergueram barricadas em algumas estradas de acesso da reserva.
No confronto, duas motos e uma picape com vários pistoleiros faziam a segurança armada do grupo do latifundiário. Segundo os camponeses, um dos pistoleiros foi identificado como o pistoleiro Dedé, já conhecido dos moradores da região.
Cabe ressaltar que, além de latifundiário dono da empresa Agropecuária Mata Sul, Guilherme Maranhão é representante da ONG norte-americana Save Brazil da Reserva Privada de Proteção Ambiental (RPPN). Nesse sentido, é um representante dos interesses do imperialismo na região, utilizando a política do “ambientalismo” para levar adiante o despejo dos moradores das terras em questão.
Não é à toa que, desde 2018, sua empresa entrou com uma ação para despejar centenas de camponeses que vivem nos sítios Furnas, Cabugi, Monteiro, Caixa D’água, Rampa e Morcego. E qual a justificativa utilizada para a empresa para tal? A de que os camponeses estão invadindo áreas de preservação ambiental.
No que aparenta ser uma jogada casada, a ONG Save Brazil produziu um relatório confirmando tal invasão, favorecendo o caso do latifundiário na Justiça.