A partir das 9h da manhã deste domingo (17), a Praça Oswaldo Cruz, localizada no início da Avenida Paulista, no centro de São Paulo, receberá mais uma atividade em solidariedade ao povo palestino. Desta vez, acontecerá a caminhada em protesto contra a morte das crianças palestinas. Até o momento, oito mil menores de idade já perderam a vida para os cruéis bombardeios israelenses, que ainda matou cinco mil mulheres, resultando em quase vinte mil vidas palestinas ceifadas em Gaza.
A caminhada acontecerá em um momento decisivo do genocídio sionista. Após a vitoriosa trégua conquistada pelo Hamas, a crise em que o Estado de “Israel” se encontra ficou ainda mais aparente. Afinal, a “polícia do Oriente Médio”, que se gabava como “invencível” e que se orgulhava em dizer que não “negociava com terroristas”, acabou tendo de aceitar em acordo que permitiu a libertação de mais de 150 prisioneiros palestinos. Não fossem as sucessivas derrotas militares perante as brigadas do Hamas, da Jiade Islâmica e do restante da resistência palestina, por que outro motivo “Israel” teria negociado com quem chama de “terrorista”? O governo israelense nem mesmo poderia alegar que o seu interesse era poupar a vida dos “reféns”, uma vez que tem sido vítima de vários protestos de seus próprios cidadãos contra o desinteresse de Benjamin Netanyahu em resgatar os seus familiares.
Ao mesmo tempo em que “Israel” se mostrou fraco perante o Hamas, de tal forma que todo o seu discurso agressivo, prometendo “exterminar” o Hamas, se revelou como pura bravata, os guerrilheiros palestinos ganharam ainda mais prestígio junto à comunidade internacional pelo tratamento dado aos “reféns”. Mesmo diante da censura brutal imposta pelo estado de “Israel”, vários israelenses libertados pelo Hamas declararam que foram muito bem tratados pelos combatentes.
O prestígio do Hamas é tamanho que a Autoridade Palestina, entidade controlada pela Fatá, que deu um golpe de Estado em 2006 para impedir que o Hamas governasse todo o território palestino, tem dado declarações de que acabar com o partido islâmico seria inviável. Não é à toa: na Cisjordânia, onde vigora uma ditadura da Autoridade Palestina, o povo cada vez mais clama pelo Hamas.
A incapacidade de “Israel” de derrotar o Hamas e a crescente revolta com os seus crimes de guerra, por outro lado, estão empurrando o conjunto de países que apoiam o enclave imperialista no Oriente Médio para uma profunda crise política. Na França, o governo de Emmanuel Macron já retirou, há muito tempo, a sua máscara de “democrata” e vem reprimindo as manifestações solidárias à Palestina, não só com prisões, mas também procurando impedir até mesmo que as mulheres muçulmanas usem seus trajes habituais. No Reino Unido, vai se consolidando a censura contra os defensores da resistência palestina, revelando o temor de que o movimento cresça e fique completamente fora de controle. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden apareceu nas pesquisas de intenção de voto com grande desvantagem eleitoral perante seu rival, o ex-presidente Donald Trump. E, dentro do próprio Estado de “Israel”, a oposição a Netanyahu não para de crescer.
Diante desse cenário, a pressão internacional para que “Israel” cesse os bombardeios é enorme. Segundo a imprensa norte-americana, até mesmo o governo dos Estados Unidos estaria pressionando Netanyahu para que acabe logo com o massacre, uma vez que a sua continuação poderá inviabilizar a reeleição de Biden. Circula o boato de que o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, teria dado “algumas semanas” para que “Israel” interrompesse a ofensiva.
Esse cenário de crise, embora aponte uma perspectiva de vitória do Hamas e de todos os oprimidos contra “Israel”, é, a curto prazo, bastante preocupante. Afinal, se “Israel” tem consciência de que terá pouco tempo para levar adiante os seus bombardeios, eles deverão ser mais intensos nas próximas semanas. Por isso, a mobilização internacional deve ser ainda mais intensa.
É diante dessas condições que o Partido da Causa Operária resolveu convocar a caminhada contra o assassinato de crianças palestinas. O Partido, que está envolvido em todas as atividades da campanha de solidariedade ao povo palestino, estará presente com a Bateria Zumbi dos Palmares e sua banca de materiais, dentre os quais se incluem bandeiras e camisas do Hamas e da Palestina.
Não perca essa oportunidade de demonstrar o seu repúdio à política genocida de “Israel” contra o povo palestino! Domingo, dia 17 de dezembro, é dia de defender o povo palestino!