Até o fechamento dessa edição, mais de 18.200 vidas já haviam sido ceifadas na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro. Dessas, 7.700 eram crianças. O culpado? O Estado nazista de “Israel”.
“Israel” nunca escondeu o seu interesse em expulsar todos os palestinos de sua terra. Mesmo antes da fundação desse Estado artificial, Ben Gurion, a principal liderança do movimento sionista na primeira metade do século XX, declarava abertamente:
“Se quisermos 100% de resgate hebraico, então devemos ter um assentamento 100% hebraico, uma fazenda 100% hebraica e um porto 100% hebraico”.
A intenção de “limpar” a Faixa de Gaza permanece explícita na voz dos representantes do governo israelense. Em uma das muitas declarações cínicas suas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou:
“Primeiramente, toda morte de civis é uma tragédia. E não deveríamos ter nenhuma pois, estamos fazendo todo o possível para tirar os civis da linha de fogo, enquanto que o Hamas faz o contrário. Então a gente mandou panfletos, ligamos, LIGAMOS em seus telefones e dissemos: saiam. E muitos saíram. Mas o Hamas impediu os outros e atiraram nos corredores seguros que abrimos para os palestinos […] Eles dizem ‘que se danem os palestinos’ […] nós não dizemos isto, fazemos todo o possível para que os palestinos possam sair” [grifo nosso].
O ministro da defesa de “Israel”, Yoav Gallant, por sua vez, afirmou que “estamos lutando contra animais humanos e agindo de acordo com isso”, em uma declaração em que procurava justificar o corte de água e de serviços básicos à população palestina.
Não é possível ficar calado diante de tantas barbaridades. Por isto, o Partido da Causa Operária (PCO) decidiu convocar uma caminhada contra o aspecto mais cruel do morticínio causado pelos sionistas: o assassinato de crianças. Com uma média inacreditável de 110 crianças perdendo a vida por dia, em um território cuja população é inferior à cidade baiana de Salvador, a Faixa de Gaza, que já era o maior campo de concentração em céu aberto do mundo, se tornou o centro de atrocidades que superam àquelas praticadas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Para protestar contra isto, o PCO chama todos a se concentrarem na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, em São Paulo. O evento, que iniciará às 9h, dará lugar a uma caminhada pela principal avenida da capital paulista, tendo como destino o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). A caminhada será mais uma atividade da campanha de solidariedade ao povo palestino no Brasil, que já contou com a distribuição de centenas de milhares de panfletos e a colagem de dezenas de milhares de cartazes.
Em São Paulo, oito atos públicos em apoio ao povo palestino já foram realizados, o que mostra uma forte tendência à mobilização em apoio ao povo árabe.
Após a trégua combinada entre Hamas e “Israel”, que permitiu a libertação de mais de 150 prisioneiros das masmorras sionistas, os bombardeios à Faixa de Gaza voltaram a todo vapor. É provável, inclusive, que o governo de Benjamin Netanyahu parta para uma ofensiva ainda mais agressiva, uma vez que o prolongamento do conflito tem se mostrado cada vez mais inviável; afinal, o genocídio sionista está provocando crises nos Estados Unidos e no próprio Estado sionista. Nesse sentido, os últimos dias foram marcados por execuções em escolas, sequestros de médicos, inundações de túneis e denúncias de que a população palestina estaria sem ter o que comer devido aos cercos israelenses.
À medida que “Israel” se prepara para aumentar o seu massacre, é preciso, por outro lado, intensificar a mobilização em todo o mundo contra os seus crimes de guerra. É necessário não apenas mostrar apoio àqueles que estão lutando para libertar o povo palestino, como também aumentar a pressão sobre “Israel”, Joe Biden e todos os cúmplices do morticínio em Gaza.
Não deixe de participar, portanto, da caminhada contra o assassinato das crianças palestinas! Será domingo, dia 17 de dezembro, às 9h, na Praça Oswaldo Cruz.